tag:blogger.com,1999:blog-16096303395843523352024-02-01T23:37:59.299-08:00Oh Happy DaisyAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-39507110691446912332017-03-30T08:17:00.001-07:002017-03-30T08:17:09.478-07:00Percentis, tabelas, gráficos e outras neuroses<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1w2QrvUdz5R7y7hyphenhyphenCB0rHZp2I8xvraUbyiqC0cX-paxRMmGD6I9UoFbC8FMnvHcou0P3nFu0RDqgWMtV7vhNlG8VE1qRvKEeVsWexzwXu25lZwuOv6tKWN7cwTCEM0Uxi7XFxB7kvRkvq/s1600/Portfolio04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1w2QrvUdz5R7y7hyphenhyphenCB0rHZp2I8xvraUbyiqC0cX-paxRMmGD6I9UoFbC8FMnvHcou0P3nFu0RDqgWMtV7vhNlG8VE1qRvKEeVsWexzwXu25lZwuOv6tKWN7cwTCEM0Uxi7XFxB7kvRkvq/s320/Portfolio04.jpg" width="224" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem - Simona Ciraolo</td></tr>
</tbody></table>
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Não sei em que percentil se encontra a Margarida. Nem mesmo nos primeiros meses de vida. Isso mesmo, nunca soube. Recordo-me de ter ouvido uma ou outra referência aos valores, sei que foram anotados algures no boletim, pela médica, mas isso pouco me interessava. Interessa-me, apenas, que tudo esteja bem e que a médica confirme que o crescimento da Margarida se continua a desenrolar saudavelmente. </div>
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Incomoda-me essa neurose das 'mãezinhas' - e, sim, desculpem lá, mas nesta questão os pais não têm nada que ser aqui chamados. Por acaso, já ouviram algum pai dizer "o meu filho está no percentil X", com aquele ar de quem, na verdade, quer dizer "o meu filho é muito maior e melhor nutrido que o teu!"? Não, pois não? Pois.</div>
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Mas as 'mãezinhas' adoram essas coisas. E isso, como tudo, é um pau de dois bicos - se serve para umas se gabarem porque o filho aos 3 meses veste roupa para 9 meses (e juram que até já está mesmo, mesmo a dizer "papá"), serve também para as mães de bebés mais pequeninos - não sendo isso sinónimo de qualquer tipo de sub-desenvolvimento -, se preocuparem, questionarem e os quererem empanturrar de comida, a ver se começam a encher mais a 'roupinha' (as 'mãezinhas' também adoram diminutivos).</div>
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Acredito que, especialmente para quem se está a estrear nestas lides, seja altamente tentador guiar-se por algo que possa indicar se o crescimento do filho está a corresponder ao expectável para a idade. Se mama quando é suposto, se começa a segurar a cabeça quando é suposto, se já se senta sozinho quando é suposto, se começa a gatinhar e a andar quando é suposto, se aparece o primeiro dente (e os restantes) quando é suposto, se desfralda quando é suposto e por aí fora, até à adolescência. </div>
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<br /></div>
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Uma das coisas mais básicas - e importantes - que aprendi ao longo destes 3 anos é que, simplesmente, isso não existe. Mas qual suposto?! Os nossos filhos são indivíduos, seres únicos, com os seus ritmos, as suas particularidades e imensas diferenças entre si - a todos os níveis! Se pararmos para reflectir um pouco, fará algum sentido esperar (refiro-me àquela expectativa repleta de ansiedades e medos) que os nossos filhos façam determinada coisa, só porque aquela tabela manhosa que encontrámos na net nos diz que aos X meses era "suposto" ele ser capaz de fazer ou dizer Y e Z? E, assim que o bebé cumpre o tão ansiado requisito, lá vai a 'mãezinha' colocar-lhe um visto mental em cima, suspirar de alívio e seguir para o próximo item da lista, que respeita uma qualquer ordem universal. </div>
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'Mãezinhas', não comparem, não forcem, não stressem. Ninguém apresentou essas listas, tabelas e gráficos aos vossos filhos. Eles desconhecem a "suposta" ordem das coisas - essa não é, necessariamente, a deles. Elas simplesmente acontecem quando devem acontecer, quando corpo e mente estiverem preparados para esse passo. O importante não é se o vosso filho é o mais alto, o que andou mais cedo, o que tem 5 dentes a mais do que era "suposto" para a idade, ou se largou as fraldas (forçado pela 'mãezinha') aos 15 meses, 3 semanas e 2 dias. É importante, sim, sabermos se os nossos filhos se estão a desenvolver bem e de forma saudável. Mas sem <i>timings</i>, sem pressões, sem tabelas, gráficos e outras neuroses que só desvirtuam o processo - o de ver crescer um filho, de ajudá-lo, de incentivá-lo, de respeitar os seus ritmos e, simplesmente, vê-lo florescer. </div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-27293240699809400062017-03-27T07:30:00.000-07:002017-03-27T07:44:42.105-07:00"Pais sem alma"<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5bvLLfDav7Ry4kGeaLgMJrUzEH7s5IJoOItBv6m3W1BLGVRwjY2QKOeUYMblsiZ4NukeooKA-HmsZn18_F8CgZsrmTCfkxo6z_RKE5XfZpMB10USqv7I3au1Y1TNt2qS0FWn_0GpGR5r6/s1600/387127b885e5c6a3b1b2588bce2fc137.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5bvLLfDav7Ry4kGeaLgMJrUzEH7s5IJoOItBv6m3W1BLGVRwjY2QKOeUYMblsiZ4NukeooKA-HmsZn18_F8CgZsrmTCfkxo6z_RKE5XfZpMB10USqv7I3au1Y1TNt2qS0FWn_0GpGR5r6/s320/387127b885e5c6a3b1b2588bce2fc137.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
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<br />
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Quando, há alguns dias, me deparei com um novo artigo de um dos especialistas que há muito sigo nestas coisas das criancinhas e da parentalidade, foi, como sempre, com grande expectativa que o comecei a ler - apesar do título me ter feito soar logo umas quantas sirenes. Desde essa leitura, acho que passei os últimos dias a tentar digerir e, humildemente, a reflectir sobre o que li - que, em grande parte, chocava com a minha visão e com aquela mãe a que me propus ser, há já algum tempo.</div>
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A certa altura, o autor afirma que educar sem berrar, rezingar ou resmungar não é sequer educar. Que, trocando as coisas por miúdos, isso se traduziria em "pais sem alma".</div>
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<br /></div>
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Não sei precisar quando comecei a contactar com estas coisas da parentalidade dita consciente e positiva. Sei que cedo defini que o meu caminho, como mãe, passaria por aí, sempre que me fosse possível. E para que o número de vezes em que consigo ser uma mãe que educa e disciplina com empatia, respeito e afecto fossem cada vez mais frequentes, foi e é necessário um trabalho diário - na teoria e na prática. Um trabalho de dentro para fora.</div>
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<br /></div>
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Mas, como mãe humana que sou, como mãe que também fica frustrada, cansada, irritada, com dores e com pouca paciência, há dias em que me afasto, nem que por breves instantes, da mãe que desejo ser, daquela que a Margarida merece. </div>
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Essa mãe que há em mim, que num ou outro momento se culpa por ter elevado a voz ou por não ter tido um bocado mais de paciência para continuar a negociar, em vez de partir para o ultimato, essa mãe quase acreditou e se sentiu ligeiramente reconfortada ao ler o artigo. </div>
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Segundos depois, a outra mãe, a que acredita profundamente no trabalho que tem vindo a desenvolver, a que confirma, diariamente, os efeitos das ferramentas que tem apre(e)ndido, rapidamente me resgatou daquelas doces balelas que continuam a tentar convencer-nos de que não só é aceitável gritar e passarmo-nos com os nossos filhos, como é necessário, em nome da disciplina, da educação, dos limites e blá, blá, blá. </div>
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O artigo andou dias na minha cabeça - talvez pela consideração em que tenho o autor, relativamente a tantas outras questões -, o que até foi bom para reflectir, tentar perceber o outro lado e, acima de tudo, desconstruir e voltar a montar as peças daquilo em que acredito, do que pratico e o motivo pelo qual isso me parece ser o mais acertado - é sempre um bom exercício.</div>
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Ao longo destes anos, houve momentos em que quase tentei ser uma mestre zen da maternidade. Houve momentos em que consegui agir como espero conseguir agir sempre, mas também houve e há momentos em que a Margarida me vê chateada, frustrada e sem paciência. </div>
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Uma das certezas que agora tenho em todo este processo - e que me traz alguma paz -, é que me faz sentido que a minha filha saiba reconhecer quando a mãe também está menos bem, que um olhar baste para ela saber que tem de parar, que cheguei ao meu limite e que, consequentemente, ela também - e ela sabe ler-me tão bem, mesmo sem uma palavra! </div>
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Quero, acima de tudo, munir a minha filha de ferramentas que lhe permitam lidar, de forma saudável, com as emoções, as dela e as de quem a rodeia. E isso só acontecerá, de forma eficaz, através do exemplo. Todos os dias. Mas sei que, seguramente, irei falhar algumas vezes pelo caminho. E é aí que me vou lembrar que berrar, rezingar ou resmungar nunca será necessário (mesmo quando não conseguir evitar), que daí nada de bom advém. Quero que a Margarida saiba que, sim, pode acontecer, mas que não está certo. Tal como todos os outros certos e errados que lhe tento transmitir.</div>
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Sempre que eu pisar esse risco e a minha voz se elevar, vou lembrar-me, sobretudo, que o problema está em mim, no meu estado de espírito e nunca na minha filha. E que nunca, mas mesmo nunca, irritações, faltas de paciência e chatices várias serão úteis ou necessárias para educar ou lidar com a minha filha.</div>
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Outra certeza que tenho é que, sempre que eu errar, irei pedir-lhe desculpa. Com toda a (c)alma. </div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-77230586865296090512017-03-09T04:38:00.000-08:002017-03-09T10:15:33.836-08:00Cara mãe-que-levou-mousse-de-chocolate-para-a-creche<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHLyaVUQoqcJrCwDwQA4eWAPEE9El9H-4iG69mZr6j0kMpsvTAxDD7VkgZP4UVz2WWxoPk7Ua7JT_ghXi39i6oKuJOKQOtCqdEmJq3ZlH0h5AykvIBFT1oshOQIL3DbMVsgMtVFrPAQHKV/s1600/1a5f611661ab791a216d8984f788d811.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHLyaVUQoqcJrCwDwQA4eWAPEE9El9H-4iG69mZr6j0kMpsvTAxDD7VkgZP4UVz2WWxoPk7Ua7JT_ghXi39i6oKuJOKQOtCqdEmJq3ZlH0h5AykvIBFT1oshOQIL3DbMVsgMtVFrPAQHKV/s400/1a5f611661ab791a216d8984f788d811.jpg" width="276" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho nada contra ti. Na verdade, não sei se és a mãe do Santiago, da Laura ou do Abel. Não preciso saber sequer. Sei que és mãe de uma criança que partilha todos os dias a sala com a minha filha. Que eles brincam e crescem juntos diariamente. E sei também que, ontem, decidiste levar mousse de chocolate para a tua criança festejar com os miúdos. Quando soube, confesso que te insultei baixinho. Que me passei, vá. Nada contra que a tua criança coma mousse de chocolate - ela é isso mesmo - tua. Mas a Margarida é a minha filha, percebes? Eu e o pai dela somos os responsáveis por ela e isso aplica-se, também, ao que ela come e, especialmente, ao que não come. Para além de saber que és a mãe de uma criança que partilha a sala com a minha filha, sei também que, seguramente, não sabes o que é ter um filho com intolerâncias alimentares ou com algum tipo de restrição alimentar, por motivos de saúde - e nem vou entrar por outras motivações ou convicções. E se, por um lado, fico feliz por não saberes (sendo isso boas notícias para o teu filho), por outro, incomoda-me que penses apenas na tua criança, quando preparas um doce para levar para a creche. Sabes, na sala dos nossos filhos convivem diariamente 17 crianças. Dezassete.<br />
<br />
Acredito que a tua intenção fosse a melhor. Acredito mesmo. Preparaste uma mousse que, aposto, é a preferida da tua criança. Mas enquanto tu, provavelmente, foste para o teu local de trabalho feliz, a pensar que a tua criança e todas as outras se iriam deliciar com o manjar que preparaste, eu só conseguia imaginar a minha filha a sentir-se excluída, a ter de comer uma peça de fruta (como ficou combinado com a educadora - que nos questionou, como sempre), enquanto via os outros meninos a lambuzarem-se todos com a tua mousse maravilhosa. Como essa era uma imagem que me fazia insultar-te cada vez menos baixinho, a meio da manhã o pai foi lá a correr levar um queque de cenoura, numa tentativa de minimizar o estrago.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Conhecendo a minha filha como conheço, comentei de imediato com o pai que ela é que ia ficar a sentir-se A especial, a privilegiada - e foi exactamente o que aconteceu. Segundo a educadora, nem olhou para os outros, de tão encantada que estava com o queque. Quando chegou a casa, disse "mamã, hoje comi bolinho de cenouraaaaaa!", e quando lhe perguntei o que tinham comido os outros meninos, respondeu "não sei, um doce qualquer". </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É só por isso que já não tenho nada contra ti - porque conseguimos, com a ajuda da educadora, dar a volta à coisa. Mas para a próxima, por favor, lembra-te que existem, pelo menos, mais 16 criancinhas no mundo, para além da tua, pode ser?</div>
<div style="text-align: justify;">
Grata pela compreensão.</div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-61225445768344897102016-07-07T08:22:00.000-07:002016-07-07T08:25:34.886-07:00"Mas o que é isso da Disciplina Positiva?"<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn5vmNCzoxIY1Puk9TMohyphenhyphenT6D_8SVC9KHkOxtoJWMW5rcoOxXJars4fokgmYZAELjS0zHC8chz720r7Aoj1pC7XGDgATzcvnjhtfH_WIXabGVnLLsFImpwrsPIoWtAKV3V8cjm3Mpzg_0T/s1600/bd8cfb082ce8bbd5ca54e4df3e6a4629.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn5vmNCzoxIY1Puk9TMohyphenhyphenT6D_8SVC9KHkOxtoJWMW5rcoOxXJars4fokgmYZAELjS0zHC8chz720r7Aoj1pC7XGDgATzcvnjhtfH_WIXabGVnLLsFImpwrsPIoWtAKV3V8cjm3Mpzg_0T/s320/bd8cfb082ce8bbd5ca54e4df3e6a4629.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
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Na sequência <a href="http://ohhappydaisy.blogspot.pt/2016/07/rumo-mae-que-agora-desejo-ser.html" target="_blank">deste</a> post e <a href="http://ohhappydaisy.blogspot.pt/2016/07/rumo-mae-que-agora-desejo-ser-2.html" target="_blank">deste</a> também, pareceu-me importante definir em linhas claras e mais ou menos gerais, para quem desconhece, o que é a disciplina positiva/ parentalidade consciente, em que princípios assenta, em que difere dos ‘métodos’ tradicionais. Porquê? Porque acredito a 100% que dessa forma estaremos a criar filhos mais equilibrados, confiantes, sensíveis e afectuosos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De forma muito objectiva, a disciplina positiva trata-se de um modelo de disciplina (que eu encaro mais como uma filosofia de vida), que se baseia numa forma de educar sem punições (sim, não há cá castigos, há consequências naturais), onde é reforçado o comportamento positivo da criança, sem qualquer tipo de agressão física ou verbal. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qual é o primeiro problema com que nos deparamos quando decidimos educar um filho dessa forma? A sociedade, aquelas vozes que se erguem de imediato, para afirmar que a ausência de punição – seja um castigo, seja uma palmada -, é coisa de pais permissivos, de pais que não sabem educar, de pais de filhos indisciplinados, que fazem o que lhes apetece, que não têm limites. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A disciplina positiva vem mostrar precisamente o contrário: é possível educar sem punir, sem que isso signifique perder o controlo da situação. A diferença é que, pais que aplicam a DP, percebem que uma disciplina eficaz é aquela que vem de dentro, que promove o autocontrolo da criança, a capacidade de análise e de escolha – e que nada disso surge através de obrigações, proibições, castigos ou presentes. Na disciplina positiva, o erro não é punido, é antes corrigido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário da disciplina dita tradicional (não sendo ela um método propriamente dito, mas antes a ausência de um), em que os pais gastam as suas energias a punir os comportamentos errados, pais que educam de acordo com a DP têm sempre em mente o tipo de adulto que querem ajudar a formar. Isto significa que, antes de mais, o foco principal recai sobre as ferramentas que queremos dar aos nossos filhos, para a construção de seres humanos confiantes, equilibrados, independentes, afectuosos e com autoestima. Como é que tudo isto se trabalha? Através do vínculo entre pais e filhos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda que se diga que a disciplina positiva só pode ser aplicada a partir dos 8/9 meses do bebé, acredito que ela pode e deve ser trabalhada muito antes, na mente dos pais. Convém munirem-se de toda a informação necessária, sempre adequada à idade do bebé.</div>
<div style="text-align: justify;">
Naturalmente, a forma de aplicarmos a DP junto de uma criança é completamente diferente daquilo que faremos com um bebé. Não quero neste post entrar por técnicas específicas, para questões específicas, mas é fácil de perceber a diferença: se com uma criança, a DP nos ensina que tudo se deve basear no diálogo, nas conversas que explicam e (sobretudo) mostram à criança o porquê de determinadas coisas não poderem ser feitas (ou terem mesmo de ser feitas), com um bebé que ainda não domina sequer a linguagem, os métodos utilizados passarão sobretudo por distrair, desviar o foco, arranjar alternativas que captem a atenção e quebrem o comportamento indesejado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Querem exemplos para ser mais fácil de perceber? </div>
<div style="text-align: justify;">
No caso de um bebé que está a mexer, insistentemente, num objecto ‘proibido’, que se pode partir, que o pode magoar, etc, um pai/mãe da disciplina tradicional vai dizer ‘não’ umas 10 vezes. Vai perder a paciência, face à desobediência. Eventualmente, dá uma palmada na mão do bebé a ver se ele percebe, o bebé não percebe porque, na verdade, é um bebé e quer explorar o mundo, então vai deixar cair o objecto ao chão, o pai vai-lhe berrar e ainda dar-lhe uma palmada, que vai apelidar de “palmada educativa”. O bebé vai chorar, vai continuar sem perceber nada do que ali se passou e se, eventualmente passar a pensar duas vezes assim que ouve o pai gritar ‘NÃO’, será por medo da punição e não porque aprendeu que não pode mexer no objecto, sob pena de se magoar ou estragá-lo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na DP, o pai do bebé pode até dizer que ‘não’, mas vai rapidamente lembrar-se que é um bebé e vai olhar para o lado e procurar outra coisa que substitua, como um brinquedo, e retirar o outro da mão. “Ah, mas aí o bebé fica a chorar” – é aí que entra a distracção e a capacidade criativa que os pais da DP acabam por desenvolver. Resultado: ninguém se magoou, nada ficou partido e não houve energias a serem gastas negativamente. </div>
<div style="text-align: justify;">
No caso de uma criança que bate no colega da escola, o pai/mãe tradicional vai, muito provavelmente, reforçar a ideia de que ele é um “pestinha”. Na DP, a abordagem passaria por uma conversa, em que se tenta explicar à criança que o comportamento foi errado porque magoou o outro – a ideia é sempre criar esse tacto, essa sensibilidade ao outro. Eventualmente, a criança não o fará mais, porque sabe naturalmente que não quer magooar o colega e que isso seria errado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na parentalidade consciente, aprendemos que somos nós, pais, a assumir a responsabilidade pelos nossos próprios descontrolos. Dizer “o meu filho tira-me do sério” é simplesmente errado. Não foi o teu filho que te tirou do sério, foste tu que perdeste a paciência. És tu o pai/mãe. És tu quem tem de saber gerir as emoções e dar o exemplo ao teu filho.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vais ensinar o teu filho a não gritar, gritando com ele?</div>
<div style="text-align: justify;">
Vais ensinar o teu filho a não ser violento, batendo-lhe?</div>
<div style="text-align: justify;">
Vais esperar que o teu filho se controle e pare a birra, se tu, que és o adulto, não te consegues controlar e estás aos gritos com ele?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
“<i>A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes!”</i></div>
<div style="text-align: right;">
Óscar Wilde</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-39172472875786032932016-07-06T06:36:00.000-07:002016-07-06T06:36:57.660-07:00Rumo à mãe que agora desejo ser [2]<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikHGGaKDF6zg9ya-2gU-cJZTcevhoId0i8YCWAQURK1zZPhfErxH9HzypHdVTyhXWPxP7qygYc9pza4S85QwkVAgCGAGzAifkIIAi2Cxs_x9DvLHcFDq_ZsBVrEJJJn0t7la1EWWpWktMM/s1600/a587e4d6211779dcf95c54b79f8777f9.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikHGGaKDF6zg9ya-2gU-cJZTcevhoId0i8YCWAQURK1zZPhfErxH9HzypHdVTyhXWPxP7qygYc9pza4S85QwkVAgCGAGzAifkIIAi2Cxs_x9DvLHcFDq_ZsBVrEJJJn0t7la1EWWpWktMM/s400/a587e4d6211779dcf95c54b79f8777f9.jpg" width="300" /></a></td></tr>
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</tbody></table>
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Terminei o último post a dizer que, no seguinte, explicaria de que forma é que viver e educar de acordo com a disciplina positiva, vivendo uma parentalidade consciente, tem contribuído para uma experiência mais feliz e pacifica, para ambas as partes – pais e filha.</div>
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Pouco depois, recebi algumas mensagens que se resumem basicamente a “mas que raio é isso da disciplina positiva? Parentalidade quê?’. Eu também explico. Mas permitam-me começar pela base de tudo, que já referi no post anterior. </div>
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Respeito é, definitivamente, a base. </div>
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<br /></div>
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Acredito que a maioria dos pais faz o que melhor sabe e pode, pelos seus filhos. E acredito também que, quando falham redondamente, isso acontece maioritariamente por falta de informação – ou desconhecem as alternativas, ou desacreditam os seus resultados, sem sequer tentar experimentar.</div>
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<br /></div>
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Acho importante começar por definir alguns conceitos, dado que, sempre que se abre a boca para falar de filhos (e isso vai desde a educação até à alimentação), há sempre uma linha demasiado ténue a separar aquilo que é subjectivo, daquilo que é, na verdade, um facto incontornável – por muito que existam sempre as alminhas que tentam justificar o injustificável. </div>
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<br /></div>
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Dizia eu que a nossa forma de educar, amar, cuidar, brincar e estar com a Margarida assenta no respeito. E esse é o único ponto que é indubitavelmente objectivo no que à maternidade diz respeito.</div>
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<br /></div>
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Parto normal ou cesariana, leite materno ou leite artificial, creche ou avós, co-sleeping ou cada um na sua cama – estes são alguns exemplos do que considero do domínio da subjectividade e, ainda que eu tenha a minha opinião formada sobre estes e muitos outros temas, nunca ousaria dizer a uma mãe (ou pai) que a sua escolha é errada, só porque choca com a minha visão ou experiência. Eu tenho os meus argumentos, eles terão os deles – e não precisamos discuti-los sequer, está tudo bem, desde que as decisões sejam tomadas em consicência dos prós e contras, tendo em conta o bem do bebé/criança.</div>
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<br /></div>
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Depois existem as questões que, para mim, nada têm de subjectivo – basta atentarem contra o respeito que cada um de nós merece – especialmente se falamos de uma criança. Se o teu filho faz uma birra, espetas-lhe com umas palmadas no rabo? Furaste as orelhas à tua filha de meses? Deixas o teu bebé chorar sozinho até adormecer? Castigas a tua filha sempre que ela age incorrectamente? Obrigas o miúdo a comer, mesmo quando ele está já em total desespero? Infelizmente, sei que a maioria dos pais não só responderia “sim” a inúmeras perguntas do género, como ainda hastearia a bandeira do “<i>com muito orgulho, porque é de pais firmes e de regras que os miúdos precisam e levar uma palmada na hora certa só lhes faz bem – basta olhar para mim, que fui espancado pelo meu pai quase todos os dias, mas foi bom porque aprendi a não roubar mais borrachas na escola”</i>.</div>
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Para além de acreditar que, em parte, isto se deve a falta de informação, acredito que a maior fatia do problema se prende com uma mentalidade totalmente ultrapassada, que faz parte do senso comum colectivo. Se há uma criança a passar-se com uma birra descomunal, em pleno supermercado, arrisco a dizer que, em 30 pessoas que por ali vão passar, apenas uma não irá olhar de lado e pensar “se fosse comigo... era uma palmada naquele rabo e eu queria ver...!”. Apenas uma pessoa teria a capacidade de sorrir, com empatia e solidariedade, para aquela mãe que tenta calmamente levantar o filho do chão, e que optou por tentar distraí-lo com outra coisa qualquer, ao invés de lhe espetar com uma palmada no rabo e fazê-lo chorar mais, descontrolar-se mais. Sim, era isso que iria acontecer. </div>
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“<i>Ah, mas era da maneira que não voltava a fazer outra birra num supermercado, aprendia a lição</i>” – Errado! A criança poderia até não repetir mais a birra num local público, mas por medo da reacção da mãe/pai. </div>
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<br /></div>
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E agora entra aquilo em que acredito: obviamente, não gosto que a Margarida arme uma cena, seja no supermercado ou em casa. Mas se isso acontecer, aprendi que o melhor a fazer é tentar distraí-la com outra coisa, redireccionar a atenção dela, mostrar calma – o comportamento que espero que ela seja capaz de ter – e não a deixar ainda mais descontrolada. Faria algum sentido gritar com a minha filha, na esperança de ela parar de gritar também?! De relembrar que a adulta sou eu, portanto, tenho de me comportar como tal, controlando as minhas emoções/frustrações. Se nenhuma das minhas técnicas resultar, paciência (a minha e a de quem assistir), mas eu não lhe vou bater. Vou pegar nela, nem que esperneie freneticamente, vou tentar acalmá-la e fazer por perceber o motivo da birra (se existir – o que aos 2 anos e pouco não é garantido). É difícil? Temendamente difícil. É um desafio imenso. E acreditem, é muitoooo mais difícil do que sacar de uma palmada no rabo. Esse é o caminho fácil, mas um caminho que surte efeito através do medo, da coação – ‘fazes isso, apanhas!’.<br />
<br />
Se eu me acho uma mãe melhor do que aquela que dá uma palmada? Na verdade, não. Considero apenas que tenho mais poder do meu lado, que conheço as alternativas, que aquela outra mãe desconhece ou desacredita. Acredito que quem o faz, fá-lo por acreditar que essa é a única forma de disciplinar uma criança. Tenho do meu lado o poder que as ferramentas que conheci me dão - e posso garantir que não, esse não tem de ser o caminho. E que não, não sairão daí crianças mimadas, sem limites e descontroladas. Disciplinar com amor e respeito faz as crianças crescerem mais cooperantes, mais afectuosas, mais sensíveis ao outro. </div>
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<br /></div>
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Não gosto que a Margarida faça birras ou asneiras. Mas ela é a criança, eu sou a mãe. Quero que, acima de tudo, ela não faça asneiras por perceber o porquê de não poder fazer x ou y. Esteja na minha presença, ou não. Quero diálogo. Quero cooperação. Quero que a Margarida pense por ela própria e que me ajude quando eu preciso – e eu peço-lhe, explico-lhe que preciso, explico-lhe tudo. E, nos piores dias, aqueles em que nada disto resulta, o meu colo ela terá sempre garantido, porque mais difícil do que ela saber lidar com a frustração que a levou à birra, seria ainda levar com uma mãe que não a ensina a lidar com as emoções, dando o exemplo.</div>
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Ser mãe, de forma consciente e positiva, é um desafio diário. Costumo dizer que a disciplina positiva não é para as crianças, é para nós, pais, que temos de nos re-educar, aprender a gerir as nossas emoções, dar o exemplo e, acima de tudo, pensar no sentido das coisas, no que aquele filho em particular precisa, no que resulta com ele. Mesmo dentro da prática da DP, há coisas que funcionam com uma criança e com outra não – mas há sempre uma outra que funcionará, se conhecermos bem as nossas crianças e soubermos adequar. </div>
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<br /></div>
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Pouco me importa se este terreno é altamente polémico e se susceptibilidades foram feridas. Se houver uma única mãe ou pai que, ao ler isto, pense ‘eu até dou palmadas, mas sinto-me sempre mal... gostava de saber mais sobre isso da disciplina positiva e afins’, então o objectivo destes textos já está a ser cumprido. </div>
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E, para tentar elucidar minimamente quem ainda não está familiarizado com os conceitos, prometo que esse post, mais ao estilo informativo, seguirá em breve :)</div>
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP1tdqsK7aGWmaUlUPdHMUZCMLHbsgIUW2JVvhQk5EjvkbPfKxtNXuw4IpliFkTX7lL-OOWCuHVBTJxwsA7AWZPIO3CFGe2ubXTjI7bu8qQ0MnOUTVkPfR000RJ6ze1oDjjLbyImfRXfJ5/s1600/544037f32cacfc5d8735380c27c3e26f.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP1tdqsK7aGWmaUlUPdHMUZCMLHbsgIUW2JVvhQk5EjvkbPfKxtNXuw4IpliFkTX7lL-OOWCuHVBTJxwsA7AWZPIO3CFGe2ubXTjI7bu8qQ0MnOUTVkPfR000RJ6ze1oDjjLbyImfRXfJ5/s400/544037f32cacfc5d8735380c27c3e26f.jpg" width="253" /></a></td></tr>
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</tbody></table>
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Desde que a Margarida nasceu, as minhas aprendizagens são diárias. Uma das primeiras lições que a Margarida fez questão de me dar foi que, definitivamente, cada bebé é único. </div>
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Mesmo antes de sequer pensar em ser mãe, já tinha a mania que percebia muito do assunto. Não opinava sobre a educação de filhos alheios, mas tinha sempre uma opinião. Quando a minha afilhada nasceu, há quase 9 anos atrás, comecei a consumir tudo o que me aparecia sobre bebés, crianças, psicologia infantil, estágios de desenvolvimento e por aí em diante. Fiz ali um estágio que me fez sentir mestre na coisa.</div>
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Sempre tive uma ideia relativamente clara de quem gostaria de ser enquanto mãe – uma mistura equilibrada de brincadeira, afecto e disciplina.</div>
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AHAHAHAHAHAHAHA!</div>
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Como se eu pudesse ser a mãe que sempre imaginei, sem atender a quem seria o/a filho/a. Como se esses fossem papeis estanques. Como se eu pudesse ignorar a parte mais importante e decisiva na equação da maternidade: o filho. </div>
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Eis que chega a Margarida. Uma bebé ainda mais perfeita do que imaginava... mas muito mais chorona e insatisfeita do que poderia imaginar ser possível. Quando nasceu, o médico comentou ‘que belos pulmões’, e essa foi a única vez em que o choro dela me fez feliz. Na verdade, nunca se tratou de um choro - a Margarida gritava, berrava a plenos e belos pulmões. Com cólicas? Não, o tempo todo, excepto a ser alimentada ou a dormir. A Margarida sempre foi impaciente, sempre teve uma voz que se faz ouvir (demasiado) bem, sempre quis fazer 1000 coisas ao mesmo tempo e ir descansar era coisa para meninos. </div>
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<br /></div>
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Não posso dizer que imaginava, ainda na gravidez, que teria uma filha calma (bastava o facto de haver 90% de hipótese de ser carneiro!). Mas nunca imaginei que houvesse um bebé assim, ao ponto de os pais o levarem aflitos a uma urgência, após 3 dias de choro non stop – em que nada se diagnosticou. Até à data, imaginava eu que, sendo a mãe que sempre desejei ser, iria conseguir tranquilizar a minha filha. Mas a Margarida fez questão de aniquilar aquele meu mestrado, que tanta segurança me havia dado no passado.</div>
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<br /></div>
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Com o passar dos meses fomos começando a conhecer a Margarida. As suas necessidades, gostos, preferências, vontades... e, consequentemente, conseguimos começar a identificar o que mais a incomodava, destabilizava ou irritava. </div>
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O caminho foi longo, mas se houve outra coisa que a Margarida me ensinou desde cedo, foi a não comparar. A não nivelar a experiência pela experiência da amiga x ou y. A não considerá-la uma bebé “dificil”, só porque a bebé da x era tranquila e mal se ouvia a chorar. Afinal, a Margarida, noutras questões, como no que toca às horas que dormia seguidas ou ao quão bem comia, poderia ser considerada uma bebé “fácil”. </div>
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<br /></div>
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A Margarida mantém muitos dos traços com que nasceu – e que agora nada são problemáticos para nós. Considero agora a Margarida uma criança “fácil”, dentro do desafio que qualquer criança (saudável) de 2 anos representa. O que mudou? Nós. A nossa abordagem, a nossa forma de (saber) lidar com ela. A base é sempre a mesma: o respeito e a paciência. E algumas ferramentas PRECIOSAS!</div>
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<br /></div>
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Quando me vi com as voltas ali um pouco trocadas, a afastar-me cada vez mais da mãe que desejava ser, senti necessidade de abordagens diferentes, reais, justas e que me fizessem ver, não como adulta, mas através dos olhos da minha filha.</div>
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Sabia que teria de respeitar sempre a Margarida, a pessoa que ela é – independentemente de ter 70cm ou 1,80m. Sabia que teria(mos) um papel crucial na orientação que levaria ao florescer da personalidade, dos gostos, da essência. Que nos cabia a nós direccionar da forma mais saudável e respeitosa – tendo sempre em mente que o objectivo nunca seria moldar a criança à imagem das nossas preferências pessoais, mas muni-la de ferramentas que a permitissem travar esse caminho de auto-descoberta, auto-controlo, auto-confiança, sempre com o nosso amparo e orientação. Mas faltavam-me as técnicas mais adequadas. </div>
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<br /></div>
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Foi então que nos debruçamos sobre a disciplina positiva, a parentalidade consciente e o mindfulness. </div>
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<br /></div>
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De que forma é que isso nos ajudou, ajuda e ajudará sempre? Eu explico no próximo post! :)</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGgzxQqOl4ozGPh_WTE57qUvGiPz3LyYIgtUZEXuIyll1VpBZB4u_3nboNKmeNZj49s4x8aDIg66B45Sd46N0nm6xiYf9eH8cTXEQl6T-r2mghivtt5Xwh4mCCls0AZehBfroz_Sj1iPq/s1600/11f4c9b6453cde623e2783e15f593fda.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGgzxQqOl4ozGPh_WTE57qUvGiPz3LyYIgtUZEXuIyll1VpBZB4u_3nboNKmeNZj49s4x8aDIg66B45Sd46N0nm6xiYf9eH8cTXEQl6T-r2mghivtt5Xwh4mCCls0AZehBfroz_Sj1iPq/s400/11f4c9b6453cde623e2783e15f593fda.jpg" width="266" /></a></td></tr>
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</tbody></table>
Vou fazer de conta que a minha filha não é a mais bonita, a mais inteligente, a mais engraçada, especial e cativante das crianças que já pisaram este planeta. Vou então dizer que não. Que a minha filha é, na verdade, só mais uma criança, em nada mais especial do que a do vizinho. Ou do que as vossas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou continuar a fazer de conta, vou abafar essa parte, sem qualquer hipótese de cair em ‘falsas modéstias’ – a minha filha é só mais uma filha. A minha filha é comum. Faz as gracinhas que todos fazem, adora os desenhos animados que todos adoram, está no mesmo ponto de desenvolvimento em que a maioria das crianças de 2 anos se encontra. Nem mais nem menos. Faz de conta. </div>
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<br /></div>
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Assim sendo, e porque gosto muito deste blog (ainda que ele tenha passado para o finzinho de uma longa lista de prioridades), pensei e repensei o rumo que lhe havia de dar.</div>
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<br /></div>
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Não tenho necessidade de partilhar a minha vida, muito menos a da minha filha. Não sou daquelas mães que partilham as graças da filha no facebook ou com qualquer pessoa que lhes digam um ‘olá’. Não sinto essa necessidade. Sinto o oposto. Necessidade de guardar essas pequenas maravilhas para nós. </div>
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Quando este blog nasceu, nunca foi minha intenção torná-lo altamente pessoal ou exclusivamente focado na Margarida – nunca aqui iriam ler um relato do parto ou cartas escritas à Margarida. Nunca gostei muito de me expor e no que à maternidade diz respeito, não seria diferente. Não censuro, gosto até de ler algumas coisas do género. Mas essa não sou eu.</div>
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<br /></div>
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Podia falar-vos de como a Margarida se portou lindamente, com as suas margarida brancas, no casamento dos pais? Podia, podia falar sobre isso e tantas, tantas coisas que não vos interessam para nada e que apenas alimentam curiosidades alheias. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha filha é mesmo a mais bonita, inteligente, blá, blá, blá, mas eu sei que vocês vão continuar a achar que os vossos filhos, sobrinhos, afilhados, enteados, primos (ok, já perceberam a ideia) é que são. E eu fico feliz por isso. Todas as crianças são especiais e únicas para quem as ama. E é assim que deve ser. Mas eu não vou perder 20 minutos do meu tempo a escrever-vos sobre as façanhas (incríveis, juro!) da Margarida, porque ela, para quem lê, é só mais uma menina de 2 anos e pouco. E que bom que assim é! </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre o que posso escrever? Sobre a minha caminhada como mãe, sobre como vejo este mundo da maternidade, sobre o que resulta connosco, sobre o que me ajuda e motiva a ser melhor. Posso falar-vos sobre aquilo que me parece útil e importante discutir. </div>
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<br /></div>
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Faz de conta que eu não tenho a filha mais especial do mundo e que vocês já estão aí numa ansiedade sem fim, para ler tudo o que por aqui irá aparecer! <br />
<br /></div>
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<br /></div>
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX_wnzR-aOhmt0_w7jMowk4MG0s8cHrgVgWYJJxchxG_KxEembSzp-61xAfyD_mg9SDDCwO1UU_EfaSj1gyKC7cl8ie4t8ev1RZbQIgZ0Muh4esmguW-XHpIOie4fAfnkWtvXZRtFxlsqF/s1600/e540fb7e8ba00bb016910dcef6dfa784.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX_wnzR-aOhmt0_w7jMowk4MG0s8cHrgVgWYJJxchxG_KxEembSzp-61xAfyD_mg9SDDCwO1UU_EfaSj1gyKC7cl8ie4t8ev1RZbQIgZ0Muh4esmguW-XHpIOie4fAfnkWtvXZRtFxlsqF/s400/e540fb7e8ba00bb016910dcef6dfa784.jpg" width="273" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Pronto, já disse. </div>
<br />
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Não, não tenho fobia a batas, sangue ou agulhas. Lido bem com tudo isso e até com a presença de todos eles, juntos. Não gosto mesmo é de médicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Até ser mãe, já tinha recolhido motivos de sobra - alguns deles que me acompanharão para sempre - para duvidar de todo e qualquer diagnóstico. Não foram poucas as vezes em que eu própria tinha chegado ao diagnóstico, muito antes de entrar no consultório, unicamente em busca de uma receita que de outra forma não conseguiria. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, sim. Precisamos deles e se agora eu cair para o lado, sei que será um deles a salvar-me a vida - espero! O problema é que não confio neles. Não suporto a arrogância, a prepotência, o ânimo leve com que, muitas vezes, apontam um diagnóstico e prescrevem x e y, quase sem olhar para o paciente. Eles mal ouvem. Não gostam. Querem que falemos pouco e, mais que isso, que perguntemos zero. E siga o próximo paciente, que será encaixado em mais uma das doenças standard da época, e que sairá directamente para a farmácia mais próxima, para se encher de antibiótico pela 3ª vez em 6 meses. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não suporto o pedestal em que se colocam e que os isenta da necessidade assumir qualquer tipo de erro. E também não suporto quem lá os coloca. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A não ser que já tenham sido fortemente lesados por algum acto de negligência médica, estarão a pensar que eu sou louca e, acima de tudo, ingrata. Pois eu acrescento que, infelizmente, tenho demasiado crédito para falar - sei bem o que é precisar e ficar com um problema incomparavelmente maior do que o que inicialmente me fez procurar um especialista - portanto, sim, deixem-me lá ser legitimamente louca. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de ser mãe, especialmente depois que a Margarida entrou para a creche, penso que não se passou um mês sem que houvesse uma passagem pelas urgências. Em diferentes serviços de urgência. Digamos que numa média de 10 maleitas, eles falham 7. Curiosamente, quase todas elas acabam e começam na administração de antibióticos. "Mas a Margarida tomou antibiótico ainda há dois meses!" - e eles querem lá saber disso para alguma coisa?! Querem lá saber se isso vai apenas condenar a criança a ficar totalmente desprotegida e exposta a tudo o que por ela passar?!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deste lado, não é uma mãe ingrata ou com pouca sorte que escreve. Escreve uma mãe que passou ainda ontem à noite por mais um episódio de urgência, que resultou numa prescrição de antibiótico "porque parece ser otite". Escreve uma mãe que, hoje, viu a filha acordar, após a primeira toma, de rosto inchado e completamente apática. Uma mãe que nem há 3 meses viu a filha ser internada com uma gengivoestomatite aguda, que inicialmente foi diagnosticada como otite/laringite - com prescrição de antibiótico. Sim, o episódio repetiu-se e hoje descobri as primeiras aftas na Margarida - antes disso, já tinha decidido não dar mais nenhuma toma de antibiótico porque, claramente, algo estava mal.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não suporto médicos. Nestes quase 22 meses da Margarida, perdi a conta à quantidade de aberrações que ouvi, de "profissionais" muito pouco humanos, de diagnósticos errados (dados em 2 minutos, sem qualquer ponderação). Estamos a falar de bebés, de crianças! </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Naturalmente, sei que todas as generalizações são perigosas (e injustas) e que existem médicos excepcionais, que honram a profissão que escolheram e exercem. Simplesmente, esses existem em quantidade muitíssimo inferior. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha filha foi examinada por um médico há menos de 24horas e, no entanto, fui eu que hoje tive de diagnosticar a minha filha e interromper o tratamento prescrito, que só estava a dar força ao vírus. É por isso que eu prefiro ser louca e não confiar cegamente em médicos.<br />
<br />
P.s.: Caso algum médico se cruze com este post, faça-me um favor. Da próxima vez que lhe aparecer uma mãe (ou pai!) com um filho no colo, primeiro olhe-a nos olhos e ouça-a de verdade. Ela está aflita, preocupada. Se já faz isso, parabéns, continue o bom trabalho, este post não é para si.</div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-11217993730288157312016-01-21T07:53:00.000-08:002016-01-21T07:59:51.377-08:00Sim, estamos de volta!<div style="text-align: justify;">
É verdade, foi uma ausência demasiado prolongada. Afastar-me este tempo do blog não foi uma decisão, foi apenas reflexo da fase que estávamos a viver. As semanas, meses, foram passando. Estar aqui assim-assim não era opção - ou vinha com tempo, ou não vinha de todo. Escrever assim-assim, divagar assim-assim, partilhar assim-assim não eram opções. Portanto, o blog ficou em stand by, numa altura em que todo o tempo foi pouco.<br />
<br />
Enfim, desculpas, bem sei - é que agora que regresso, não tenho mais tempo livre (muito pelo contrário). Foram várias as vezes em que pensei em escrever ou cheguei mesmo a fazê-lo e a deixar em rascunho, mas acredito que também passei por uma fase de profunda desconexão com o resto das 'mãezinhas'. Deixei de querer falar sobre os temas que aqui falo por me sentir tão 'à parte', por ter vontade de criticar tudo e mais alguma coisa - e no fundo acabar por me tornar numa delas, defendendo aquilo em que acredito. </div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto, a lista mental de temas-que-merecem-mesmo-um-post foi crescendo substancialmente, mas, uma vez que entre a data da última publicação e a de hoje distam largos meses, este post servirá como uma espécie de update<i>.</i></div>
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<br /></div>
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Ora, a Margarida. A Margarida conta agora uns deliciosos 21 meses (e meio). Mas vamos por partes:</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;">Sempre muito adepta da sua independência, a Margarida ameaçou andar desde muito cedo. Cheia de força e equilíbrio, todos davam como certas as longas caminhadas lá pelos 12 meses. Eu pouco ligava a isso. Na verdade, não podia ser mais anti tabelas, cronologias, percentis e afins, que tentam encaixar à força os nossos filhos (e os seus timings) em padrões, como se fossem máquinas saídas da mesma fábrica, com as mesmas peças. A Margarida começou a andar de verdade, sem auxílio ou apoio, aos 13 meses. Sempre me disseram 'ui, quando ela andar é que vai ser! Não vais parar!' - claramente, quem dizia isto, pouco conhecia da Margarida, caso contrário saberia que, perto dela, estar parada nunca foi opção, desde muito cedo. Não senti nada disso quando ela começou a andar - senti apenas choque, durante várias semanas, sempre que a via afastar-se de mim e dizer 'xau' com a mão. E lá ia ela, sozinha, corredor fora, a fazer a curva, até deixar de a ver. A minha filha, a decidir ir para determinado lugar. E a ir. Sozinha. Foi giro e chocante. É passar um ano com um bebé 'atrelado' a nós e conhecê-lo de todos os ângulos possíveis, mas, a partir de um belo dia, podermos ver esse mesmo bebé à distância, a ir, a escolher, a seguir caminho. Literalmente. Agora, não só corre, como faz os silly walks mais engraçados de sempre - e sabe disso. E adora que nós adoremos. </li>
</ul>
<ul>
<li style="text-align: justify;">A Margarida sempre adorou comer. Sempre. Agora, adora ainda mais. Agora, que pode comer "tudo", é vê-la verdadeiramente deliciada - o raio da miúda come com prazer! Adora, acima de tudo, pão e iogurte, ou 'páu' e 'cuca', como lhes chama, respectivamente. Banana, uva, manga, sopa, brócolos, bolacha, tomate, massa, salmão e batata (sob todas as formas) são também fonte de grande alegria.</li>
</ul>
<ul>
<li style="text-align: justify;">Depois de tantos meses com a rotina da creche implementada, chegou o mês de Agosto e uma Margarida de férias. Receei não estar à altura do ritmo a que ela estava habituada, que achasse uma 'seca' estar tanto tempo sem brincar com outros meninos, outros brinquedos, noutros espaços. A verdade é que, nesse aspecto, foi um mês bom. Tão bom! Todos os dias vi a Margarida feliz, a brincar, a dançar e a cantar. Tornou-se mais docinha, mais meiga. Aprendeu a comer sozinha com a colher/garfo e desenvolveu bastante a comunicação. Foi um mês e tanto! De regresso à creche, regressaram também as viroses semanais - mas deixemos isso para outra altura.</li>
</ul>
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<ul>
<li style="text-align: justify;">Nos últimos meses, afinou ainda mais os seus dotes de dançarina e começou também a cantar com alma, com direito a franzir de testa e a semicerrar de olhos. 'O Panda Manda', esse grande hit, é o preferido para dançar. Para cantar, 1000 vezes ao dia, é mais "brilha, brilha lá no céu, a estrelinha que nasceu (...)". </li>
</ul>
<ul>
<li style="text-align: justify;">E uma das coisas que mais feliz me deixa: a Margarida adora animais! A atenção manifestou-se muito cedo, com meia dúzia de meses, mas actualmente podemos falar de uma paixão a sério. Felizmente, todos os dias pode ser um bocadinho mais feliz, já que tem a possibilidade de contactar com a '"Lala" e o "Té", cadela e gato, respectivamente. A Margarida está a crescer no melhor desses dois mundos, ainda que continue a desconhecer que estamos a falar de duas espécies tão diferentes, que exigem abordagens diferentes - só não tenho pena do gato, porque ele gosta de se colocar a jeito!</li>
</ul>
<ul>
<li>O maior salto foi, sem dúvida, o da comunicação. São muitas as coisas que a Margarida já diz e todos os dias nos surpreendemos com a quantidade de coisas que ela sabe/reconhece/demonstra. É incrível assistir a este manifestar constante de vontades, preferências e gracinhas - ok, às vezes não tem assim tanta piada! É ver uma personalidade formar-se e revelar-se, finalmente. É ver muito de nós, também.</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Nos últimos meses, as novidades são constantes, diárias. Seria impossível tentar sintetizar tudo num único post. Se disser que todos os dias tenho pelo menos um momento em que olho para a Margarida e sinto que está cada vez mais menina, menos bebé, é fácil de perceber o ponto em que nos encontramos. A Margarida já brinca como uma menina, já dá papa aos bonecos, coloca-os para dormir e ainda os embala. Como é possível?! Não sei, mas sei que é das cenas mais deliciosas de sempre :)<br />
<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjclGm_7U-t0H9h1vjObrMMbN1NfxjB2grzq0WvGYcSiBhAlmzZomsdhR8kM_FWEBIJnDEweIXsAt2QNqooOYANPb7N6PpB4xoIVY9ktKXqFx18pfyvMVbiM4S7VOsFM4gLPgoAZq_izyuj/s1600/d564f79d4561c9b2f15955190ee5256b.jpg" height="400" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="265" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterst</td></tr>
</tbody></table>
"Mais vale prevenir a depressão pós parto do que remediá-la". Foi este o título que me fez abrir de imediato o artigo. Um artigo que podia ser bastante mais completo, mais informativo, menos clínico e mais humano. Mas o propósito estava cumprido - falava de depressão pós-parto.<br />
<br />
Quando soube que estava grávida, deu-se aquela espécie de pânico, aquela sensação de urgência, que nos faz saltar para o computador e começar a abrir dez separadores de uma só vez, tal é a quantidade de dúvidas, de informações, de dicas, de passos a dar, de mais isto e mais aquilo.<br />
<br />
Sempre gostei de me informar, de pesquisar, de saber, de perceber ao ponto de poder explicar aos outros. Com o tempo, passei a conhecer, também na teoria, tudo o que acontecia no meu corpo. Sabia tudo. Sabia sempre em que estágio nos encontrávamos, o que era expectável ou não. Acreditava, e continuo a acreditar, que a informação nos permite estar mais presentes. Saber o que se passava com o meu corpo, biologicamente, fez-me também perceber o que ele precisava. Perceber o que acontecia verdadeiramente no parto, fez-me confiar mais em mim, no meu corpo e na Margarida.<br />
<br />
Assim que a gravidez é confirmada, começa aquele acompanhamento constante. São as consultas, os exames, as análises, as ecografias, os CTG's. Na maioria das vezes, os números ficam para os médicos, enquanto as informações práticas e as dicas nos chegam através dos enfermeiros. Lembro-me de, uma vez, numa consulta de gravidez, o enfermeiro ter perguntado ao pai da Margarida se ele notava que "ela" andava mais irritada, mais sensível, acrescentando de imediato que era perfeitamente normal. Toda a gente conhece a famosa 'hiper-sensibilidade' das grávidas, certo?<br />
<br />
Passam-se meses de uma intensa preparação para o parto. O parto. Sempre o parto, esse objectivo final. Chega o curso pré-natal e aprendemos a ler os sinais do corpo, a respirar, a relaxar, enquanto eles aprendem a massajar-nos, para aliviar o nosso desconforto. Sempre com o parto em vista. Dão-nos lições de anatomia e biologia. Fazemos exercícios para fortalecer o corpo e prepará-lo para o parto. Alertam-nos para o que não podemos esquecer de colocar na mala da maternidade. Relembram-nos de quantos em quantos minutos as contrações devem ser para nos dirigirmos à maternidade. Repetem a dica dos banhos quentes, mais os exercícios de Kegel para a frente e para trás. Tudo muito útil, sim senhora.<br />
<br />
Aulas teóricas. Como cuidar do recém-nascido. Amamentação. E pronto. Está feito. As mães e os pais têm, agora, toda a informação necessária.<br />
<br />
Cheguei ao final da gestação com a sensação de que estava preparada, dentro do que é possível prepararmo-nos para o desconhecido. A verdade é que a informação toda que fui acumulando ao longo dos meses me deu a confiança necessária para ir para a maternidade a acreditar que tudo correria bem. Sabia ao que ia.<br />
<br />
Ou assim pensava. Acreditava que me tinha informado bem, afinal, consumi tudo sobre o tema. Li todos os artigos e mais alguns. Fui às aulas práticas e teóricas. Falei com inúmeras pessoas. Frequentei fóruns. Li livros. E, em momento algum, li ou ouvi qualquer referência à depressão pós-parto.<br />
<br />
Nas primeiras semanas da Margarida, vivi numa profunda infelicidade. Uma infelicidade muito estranha, com pinceladas de cor por tê-la, por ela ser saudável, por ser tão perfeita. Mas sempre aquela nuvem negra, demasiado negra, a pairar. Numa consulta, a minha médica perguntou se me sentia triste. Disse que sim. Explicou-me que era normal. Obviamente, já eu tinha, entretanto, pesquisado sobre o assunto - sempre arrumado como um simples 'babyblues'. Até que a médica me alerta para o facto de o meu 'simples e normal babyblues' já se arrastar há três semanas - era importante estar atenta, porque podia tratar-se de uma depressão pós-parto. Fiquei assustada. Porque é que ninguém me tinha falado sobre isso antes?<br />
<br />
Como assim?! Eu, que sempre desejei ser mãe, que adoro a minha filha recém-nascida, com uma depressão pós-parto?! A verdade é que sim, é possível. Se aliarmos o turbilhão das alterações hormonais do pós-parto, ao cansaço, e, muitas vezes, a um estado físico ainda muito debilitado, (ou até a um parto difícil), temos os ingredientes perfeitos para uma depressão pós-parto - aquela que as mães têm de esconder, porque, afinal, "como é que podes estar infeliz com uma coisinha dessas nos braços?!".<br />
<br />
Felizmente, no meu caso, a sensação de infelicidade e os ataques de choro compulsivo foram passando ao fim de algumas semanas. Tive a felicidade de ter conhecido outra mãe que me fez sentir normal, que me fez repetir todos os dias o mantra 'vai passar'. Tenho a felicidade de ter um companheiro que me ouviu e percebeu, confirmando, rapidamente, que algo não estava bem. Soube respeitar, ainda que um bocado perdido - afinal nunca ninguém tinha tocado no assunto! Nunca nenhum enfermeiro lhe disse "a sua mulher agora está bastante sensível à custa das alterações hormonais da gravidez. Vai ter de ter paciência. O mesmo acontecerá no pós-parto, mas em dose dupla ou tripla, porque as hormonas terão de fazer o processo inverso, mas num espaço de tempo alucinante".<br />
<br />
A história do 'babyblues' é, muitas vezes, redutora. E perigosa. É importante chamar as coisas pelos nomes e deixar claro que, sim, é normal ter um ou outro momento de tristeza, de choro, de nostalgia - isso é babyblues. E que não, não é normal passar dias e dias com uma sensação de infelicidade que parece corroer as entranhas. É importante alertar e informar, sobretudo, os companheiros. São eles as nossas principais bóias de salvamento.<br />
<br />
Senhores que ministram cursos pré-parto, que escrevem livros, que gerem sites sobre o tema, será que não há aí um espacinho para se falar, um bocadinho que seja, da mãe e do que ela precisa DEPOIS do parto?<br />
<br />
"Mais vale prevenir a depressão pós parto do que remediá-la".<br /><br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilLisn50hAG6YBVRDHDEi28szYu_ba0PXr9yoSfJ3TiwaLKkmHNenCh7FNPL9DtFbELBtvtXozwZ1ilI1AqykN2XVtkKPFQ9xDBGBIXAFTMMbMPh-yMYpybX1oRYt1iLoj5Mm-hBYJv7br/s1600/abbd1fcdf1370ccf283ba112105eef5f.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilLisn50hAG6YBVRDHDEi28szYu_ba0PXr9yoSfJ3TiwaLKkmHNenCh7FNPL9DtFbELBtvtXozwZ1ilI1AqykN2XVtkKPFQ9xDBGBIXAFTMMbMPh-yMYpybX1oRYt1iLoj5Mm-hBYJv7br/s1600/abbd1fcdf1370ccf283ba112105eef5f.jpg" height="400" width="318" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Após o nascimento da Margarida, não tardou muito até surgir o meu primeiro contacto com esse tal 'instinto materno'. Até então, associava o conceito a uma espécie de instinto de protecção da cria, muitas vezes a tocar ali no animalesco, se necessário. E, de facto, as mães fazem-no, todos os dias. Mas os pais também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando passei para o outro lado da barricada e, também eu, me tornei mãe, percebi que, sim, as mães sabem de coisas que mais ninguém sabe. As mães antevêem, pressentem, sentem! As mães sabem antes dos restantes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No início, quando ainda desconhecia o poder desse instinto, não o soube reconhecer. Toda a gente me dizia que as bolinhas brancas que a Margarida (com pouco mais de um mês, na altura) tinha na boca, eram restos de leite. Algo me dizia que não, mas eu nem sabia que voz era essa que insistia 'olha que não, tu sabes que não é leite'. Com a ajuda do Google, percebi em alguns minutos do que se tratava e, no mesmo dia, nas urgências, a candidíase oral foi confirmada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguiu-se uma e outra situação. Situações em que eu dizia 'hmm... não, não é só isso' e em que acabámos por ir às urgências confirmar que, em 99% das vezes, não é mesmo 'só isso'.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As mães sabem muito. Não sei se o facto de termos tido aquele ser a desenvolver-se dentro de nós, em nós, será o responsável por esta ligação tão sensitiva, tão instintiva. Mas acredito que o amor das outras mães, as que não o são de forma biológica, dê também direito ao <i>pack </i>completo, com todo o instinto maternal, como mães que são. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao longo deste ano, foram várias as situações em que confirmei o que o meu instinto me dizia. E ele está sempre ali, alerta, prestes a disparar! Com o tempo, acredito que nós, mães, consigamos dar cada vez mais ouvidos a essa vozinha que, se repararem, está sempre presente. Às vezes podemos nem saber que raio se passa, mas sentimos que não é uma mera indisposição, ou que aquela febre traz água no bico, ou que não, aquilo não é culpa dos dentes que estão a nascer.<br />
<br />
Fui pesquisar um bocadinho mais sobre o que é isso do instinto materno. Ao contrário dos répteis, esses pais desnaturados, que se limitam a depositar os ovos num local com condições favoráveis (lembrei-me de uns quantos assim!), a evolução fez com que os mamíferos gerassem as crias nas suas próprias entranhas. Como resultado, para que possam nascer (e ambos sobrevivam), os recém-nascidos são ainda muito vulneráveis. Mais uma vez, a evolução afinou o processo e dotou os mamíferos de antenas especiais, que asseguram um cuidado extra, este instinto que os une às crias. Ainda que exposta da forma mais simplista possível, esta é, basicamente, a explicação que encontram. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Obviamente, quanto mais informadas, atentas e interessadas forem as mães, mais facilmente se conseguirá entender o que a tal voz poderá querer dizer - nem que para isso tenhamos de recorrer ao Google! Mas é precisamente esse tal instinto que nos faz abrir o Google. É esse momento em que nos ocorre 'hmm... algo aqui não bate certo'.<br />
<br />
Ainda que defenda a igualdade (na medida do possível) entre pai e mãe, os pais são demasiado pragmáticos. Mas eles também sabem muito - porque a mãe faz o favor de transmitir toda a informação que recolheu dos 14 artigos que leu e dos 7 posts que encontrou num fórum qualquer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São assim as mães dos tempos modernos, que continuam a querer assegurar a sobrevivência dos seus recém nascidos - pelo menos até eles terem uns 60 anos.<br />
<br />
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<div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0iYAhOPLTDi-i1-W7XsKClSbLqfTnoaxY10PY9k8dDH6DKX2xDovMiNGUQXy9Dob3GL7PTc4rnSpMT2Z7TbCNm-tOcnmblvuz5Hp-N92o_DuGWtOnTafs7Hst1B5gG5yZuh1VFADr-2ew/w600-h692-no/a7e153f138afc9166c842067827f27f4.jpg" height="320" width="277" /></div>
Sempre soube que ia ter uma filha chamada Margarida. Não sei muito bem explicar essa certeza, sabia, sentia. E não, não tinha nada a ver com aquelas coisas de miúdas, que sonham com os filhos, dão-lhes nomes, imaginam cenários. Não. A Margarida era concreta. Sabia que ela chegaria. Não era "uma Margarida", era "a Margarida". Eu só não a conhecia, ainda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Senti-la crescer em mim foi estranho. Ali estava ela, dentro de mim, mas de forma tão abstrata. Tantos órgãos, tanta pele a unir-nos, mas também a separar-nos. À medida que os meses foram passando e o parto se aproximava, mais do que vê-la, ansiava ouvi-la. Queria (re)conhecê-la, descobrir tudo sobre ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foram anos a sentir que a Margarida, um dia, chegaria. A minha Margarida. Mas quem chegou, há precisamente um ano, foi antes a "nossa Margarida". A Margarida que é tão minha quanto do pai, que é o nosso reflexo, que nos transforma todos os dias em algo, seguramente, melhor.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Hoje, mais do que celebrar o primeiro ano de vida da nossa filha, celebramos o nosso primeiro ano enquanto pais. Um ano que acredito ser o mais desafiante. De repente, a vida muda radicalmente e não há livros que nos preparem, verdadeiramente, para o turbilhão que se seguirá. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vou relembrar cada pedacinho desse dia, as horas que antecederam o nascimento, o primeiro som, as lágrimas do pai, o meu alívio, o nosso abraço, inevitavelmente o sofrimento físico, mas, acima de tudo, vou deixar-me levar por este encantamento, este amor que me faz relembrar tudo com um sabor ainda mais especial. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vou, também, sentir orgulho em mim. Vou sentir-me uma privilegiada por ter sido parte tão activa no nascimento da pessoa mais importante do (meu) mundo. Se o nascimento de um filho é sempre emocionante, fazer parte desse processo é simplesmente mágico. Um ano depois, olho para trás e sinto que aquilo que ali se passou, naquela sala de partos, foi pura natureza, mesmo com todos aqueles profissionais à nossa volta - foi entre mim e ela. Um corpo que se contrai para ajudar, e outro, pequenino, que sabe exactamente o que fazer para aproveitar o balanço.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sobrevivemos ao primeiro ano, vivendo tudo intensamente. E o saldo não poderia ser mais positivo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre soube que teria uma filha chamada Margarida. A nossa Margarida. Assim mesmo, tal como é.<br />
<br />
Parabéns, meu amor*<br />
<br />
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<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWM3yY5s-I0CoxxR4K7SWD0CoxBrjM3WZz2NX4muq5KOe3CJXTAZHqJoPUmZVIUdcbeN0L32ypuRsU-kWaVY_W_OMlx2Wf5YhJ8ahE5RwZul-_r2nlVsh3NXuSiNeJs3PGF_wStmNU32iW/s1600/11054454_975794869100496_1095352868620259356_na.jpg" height="400" width="400" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não vou dizer que a Margarida tem o melhor pai do mundo. Não sei como são os restantes. Mas a verdade é que não preciso de saber para confirmar, todos os dias, que a Margarida tem o melhor pai que poderia ter. Mais que isso, a Margarida tem o pai que eu desejaria que qualquer filho tivesse. E isto pouco tem a ver com as vezes em que ele a embalou pacientemente, com as fraldas que mudou ou com os biberões que lhe deu. Está na vontade de ser cada vez melhor, na forma como olha para ela, como sorri e ri com ela, na imensa preocupação, na facilidade com que reorganiza toda e qualquer situação para assegurar o melhor para ela, antes de tudo o resto, sempre ela. Sempre nós. Um nós, a três, que se fortalece também nos momentos difíceis que esta coisa de sermos pais acarreta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este Dia do Pai tem um sabor muito especial. Sabe, novamente, a Pai. E eu não poderia sentir-me mais feliz pela Margarida, que sei que terá sempre garantido este tão doce sabor a Pai. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizmK-_Rp_MARIpdrEEBVXqzc_kUI19BYNwNdwvnUMasWi1DlA3d9_WpIV2TVVbnaUn1vCxBQojv4lJGPUePUPtdRislMErzX-o2_3vu1P_mYn5DLEIJndp0qiTMJnC3-LgXNImWvNxULud/s1600/69f3e94666ad0aa6a01a55abb15a6712.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizmK-_Rp_MARIpdrEEBVXqzc_kUI19BYNwNdwvnUMasWi1DlA3d9_WpIV2TVVbnaUn1vCxBQojv4lJGPUePUPtdRislMErzX-o2_3vu1P_mYn5DLEIJndp0qiTMJnC3-LgXNImWvNxULud/s1600/69f3e94666ad0aa6a01a55abb15a6712.jpg" height="400" width="298" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Este bebé não é a Margarida, mas o pai dela agradecia se <br />
alguém lhe pudesse dizer onde vendem fatos destes.</td></tr>
</tbody></table>
Toda a gente sabe que as mães são umas exageradas. Exageradas, sobretudo, no que toca à roupa das criancinhas, tal é o medo que não estejam suficientemente agasalhadas e apanhem umas cinco 'tites, só de levarem com uma brisa no rosto. </div>
<div style="text-align: justify;">
Toda a gente sabe que os pais são mais relaxados, também nisso. Os pais sabem que a criança não se parte, sabem ser pragmáticos e analisar objectivamente as questões - até no que toca à necessidade, ou não, de mais roupa. E são eles que, muitas vezes, chamam as mães à razão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ora, seguindo a mesma lógica, nesta casa a mãe é ele e o pai sou eu. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo começou com um "cuidado com o peitinho!", ainda a Margarida era um bebé-vegetal. Estávamos no pós-banho, em plena primavera, e a frase escapou-lhe por entre os lábios, antes que ele pudesse filtrá-la, ou ajustá-la a uma forma mais viril, menos 'mãezinha'. A coisa teve piada e ainda hoje temos 'cuidado com o peitinho', para bem de todos. Cada vez que penso na quantidade de pneumonias que evitámos, percebo que todo o cuidado com o peitinho valeu a pena!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Veio o verão. Mas os pézinhos, muitas vezes, ficavam frios - "é melhor calçar umas meias". Ou não andar apenas de body. Parecendo que não, mais umas quantas pneumonias conseguimos fintar! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Graças ao uso de meias, que ajudou a sobreviver ao verão, chegámos ao outono. Com ele trouxe as primeiras maleitas da Margarida. Um otite logo para estrear! A partir daí, nunca mais o cabelo da Margarida foi visto na rua. Ele era gorro branco, turquesa, rosa, azul, vermelho, com orelhas, sem orelhas. Gorros, sempre! Depois entraram os cachecóis. Coisa natural e até obrigatória, dado o frio que se fazia sentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um inverno lixado, cheio de maleitas atrás de maleitas, muito agasalho, muita preocupação de ambas as partes. Nessa altura fomos ambos mães!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
Até ao dia em que o grande dilema se abateu sobre nós. Era o dia do batizado da Margarida, que tinha um lacinho bem bonito para usar no cabelo. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Ela vai assim?! Sem gorro??" Vai, pois! É o dia do batizado, ninguém fica doente no dia do batizado! - claro que não usei esse argumento. Expliquei que não fazia grande sentido, que ela estava devidamente agasalhada, que não havia perigo, já que a exposição era mínima e o dia estava simpático. Lá aceitou e eu suspirei de alívio. Pouco depois, entre aquela agitação que é sair de casa com um bebé e as respectivas cento e vinte e três tralhas, vi o pai da Margarida dirigir-se com a miúda até ao wc. Qual não é o meu espanto quando o vejo enfiar-lhe algodões nos ouvidos, com um sorriso vitorioso de quem acaba de salvar a vida da filha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por estes dias, veio o sol, as temperaturas ligeiramente mais altas e uma Margarida de cabelo ao vento, para grande desconforto do pai, que lá foi aceitando a inevitabilidade. Comecei a sonhar com a hipótese de uma primavera e um verão de roupas mais fresquinhas e sem ouvidos entupidos de algodão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, após deixar a Margarida na creche, enquanto conversávamos sobre qualquer outra coisa, sai-lhe um "é, mas de manhã ela vai ter de ir na mesma de gorro... ainda está muito frio!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjYzjGIvI0HBYjPcUOGGJ-9UXLS3i4G7bu1mS7BWhugM_9hWfccs1Nni8qBLDIWHtlZxEL-12R4ON-CsiTalRgnZ2h_jWHrh36ZdXglae2yosRhF61z2RkQPEQGKGEdsXebT59YpDdcKRO/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjYzjGIvI0HBYjPcUOGGJ-9UXLS3i4G7bu1mS7BWhugM_9hWfccs1Nni8qBLDIWHtlZxEL-12R4ON-CsiTalRgnZ2h_jWHrh36ZdXglae2yosRhF61z2RkQPEQGKGEdsXebT59YpDdcKRO/s1600/11.jpg" height="400" width="307" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
Nos últimos dias apoderou-se de mim uma espécie de nostalgia antecipada, um estado de incredulidade, como se fosse irreal esta coisa de ter uma filha com quase um ano. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A chegada aos 11 meses deve ser aquela a que os pais menos atenção dão, aquela que menos celebram, porque, afinal, a mente já só vê ali o primeiro aniversário ao virar da esquina. Mas vamos lá com calma! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sinto, e muito, este marco dos 11 meses. Estou a saboreá-lo. A evitar saltar mentalmente já para os 12. Esta é a última vez que a Margarida completa apenas meses. E claro que isso é um facto que pouco importa. Mas para mim, que sou mãe dela e a respiro todos os dias, é impossível não sentir esse peso. Um peso que nada tem de pesado, quando olho e vejo que aquele pequeno bebé foi dando lugar a uma menina que nos enche de alegria e orgulho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ver um filho crescer faz-nos lidar com uma dualidade que parece parva. Ficamos eufóricos com cada pequena conquista, cada novidade, cada palavra nova ou gracinha. Trabalhamos todos os dias para esse crescimento, estimulamos e aplaudimos. Sentimos orgulho. Felicidade pura. Para depois, num ou outro momento, sentirmos que perdemos alguma coisa, as saudades daquele sonzinho ao mamar, daquela expressão aos quatro meses que tanto nos fazia rir, ou de tantas, tantas outras coisas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os dias a Margarida perde pedaços do bebé que foi, mas as novas conquistas chegam em dose dupla, tripla, eu sei lá! Tem sido uma avalanche de novidades, especialmente no que toca à comunicação. E o que a Margarida nos dá agora e aquilo que nos faz sentir é infinitamente maior do que quando fazia aquele sonzinho ou aquela expressão. É tudo mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegou a fase que eu tanto desejava, a Margarida comunica cada vez mais. Diz cada vez mais palavras e o vocabulário que já reconhece está constantemente a surpreender-me. Acho que andei a subestimá-la durante algum tempo, até ao dia em que percebi que ela reconhecia os nomes de diversas coisas, que eu sempre fiz questão de dizer, para ela ir interiorizando. Mas não é que a miúda assimila mesmo muito facilmente? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
À parte de todas as coisas imensamente deliciosas que ela faz/diz, que nos deixam com vontade de abraçá-la e nunca mais largar, a Margarida começa a mostrar realmente a sua personalidade, confirmando muitas das coisas de que já desconfiávamos. A Margarida é, acima de tudo, divertida! Adora rir, ri com gosto e gosta de nos ver rir também. Vibra com comida e fica passada se ela demora muito a chegar, ou se acaba rápido. É muitíssimo curiosa, o que anda ali de mãos dadas com a constante observação que ela faz de tudo. E claro, continua a mesma eléctrica de sempre, mas agora com outros meios, outra força, outro equilíbrio, que a tornam num perigo ambulante - mas daqueles amorosos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E assim, de coração cheio, chegámos aos 11 meses.<br />
<br />
P.s.: Depois de ter escrito este post, a Margarida deu os seus primeiros dois passinhos! Yay!<br />
<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfLCKFTk1YRhYv_biiSf0cIOZjrNzuRrgQ4tbR7kq-ELreNyKkDzf-ruUvFWRnuWgoz7h3cowCChN1tJXhPqK-vapMlRc_hzeWlWoLnxnrjyt0Q86s3Tu2VxGjvca09nxEwg_QNXq98hQa/s1600/eb490669ba533cbac6efb28393550a63.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfLCKFTk1YRhYv_biiSf0cIOZjrNzuRrgQ4tbR7kq-ELreNyKkDzf-ruUvFWRnuWgoz7h3cowCChN1tJXhPqK-vapMlRc_hzeWlWoLnxnrjyt0Q86s3Tu2VxGjvca09nxEwg_QNXq98hQa/s1600/eb490669ba533cbac6efb28393550a63.jpg" height="320" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
Ontem, em conversa com uma amiga, também ela mãe, falávamos do quão chatas nos sentíamos por estar constantemente a dizer 'não!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
A Margarida sempre gostou de mexer em tudo, sempre quis desesperadamente isto e aquilo, para, ao fim de 10 segundos, desejar com todas as suas forças outra coisa qualquer. Não sei o que é ter um bebé calmo, que se entretém durante minutos a brincar sozinho. A Margarida já é bem capaz de se entreter sozinha, mas quer tudo o que não pode, ou não deve. E quer já. Explora rápido e parte para outra. Naturalmente, isto implica uma atenção constante e, pior, uma repetição de 'nãos!' que até a mim cansa e que me deixa com a sensação de que eu é que deveria levar com um tremendo 'NÃO!', porque, afinal, a criança está a crescer e tem de explorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É óbvio que não podemos deixar que os bebés/crianças façam determinadas coisas, acima de tudo, para sua própria segurança. Existem 'nãos' necessários e quase obrigatórios. Mas, ultimamente, dou por mim a questionar-me se não cairemos, por vezes, no exagero. Um exagero cómodo. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Refiro-me ao 'não!' que me escapa de cada vez que estou a tentar escrever uma mensagem no telemóvel e a Margarida se lembra de sair de perto de mim, sabendo eu que ela vai para onde não deve - por ser potencialmente perigoso. Esta e outras situações que tais, em que o meu comodismo (que também pode ser carinhosamente lido como cansaço-por-já-ter-ido-agarrar-a-miúda-setenta-e-duas-vezes-antes-que-se-magoasse) me fez soltar um sonoro 'não!'. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chego à conclusão que nós, pais, acabamos por desenvolver dois tipos de 'nãos':</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;">O 'não!' porque te podes magoar, porque vais cair, porque está sujo, porque simplesmente não podes mexer nisso, porque não é teu, porque vais arrancar as teclas e eu quero lá saber que faças birra. O 'não' preocupado e que educa. </li>
<li style="text-align: justify;">O 'não!' porque quero acabar de escrever esta mensagem mesmo importante (ou nem por isso) e tu não páras um segundo!, porque vais sujar a roupa toda e ainda hoje pus tudo para lavar, porque vais desarrumar a sala e eu estou demasiado cansada para arrumar, porque estou exausta e tu não queres dormir. O 'não' cansado, comodista, que escapa da boca dos pais sem grande justificação.</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Nesta fase em que a Margarida me rouba cada vez mais 'nãos' (de ambos os tipos), tento estar atenta à frequência com que os digo e, sobretudo, à razão que tenho, ou não, para os dizer. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até para não voltar a cair no ridículo de repreender o gato com um automático 'NÃO! Não pode!!'.<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwHa2Ih6oLDzybmj-KCJIPRyHb7i2zm9MUNukJVxvlEfQWP6sgNVe5zzYnrs6j23GZxJBIEdSapeh_LGIsHAXbJQcL35Is5gDUOwziIf88Buf-J_qZXRHfAuMeFErFa8tMGgNqm_56edFu/s1600/11023893_972894849390498_3028252184592301848_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwHa2Ih6oLDzybmj-KCJIPRyHb7i2zm9MUNukJVxvlEfQWP6sgNVe5zzYnrs6j23GZxJBIEdSapeh_LGIsHAXbJQcL35Is5gDUOwziIf88Buf-J_qZXRHfAuMeFErFa8tMGgNqm_56edFu/s1600/11023893_972894849390498_3028252184592301848_n.jpg" height="320" width="320" /></a>Faz hoje precisamente cinco meses que o mundo da Margarida se abriu e estendeu largamente. Há cinco meses atrás, estava eu de coração apertado e a ter de fazer um esforço imenso para não me desfazer em lágrimas. Sem a Margarida por perto, tudo parecia errado. As dúvidas eram muitas. Acima de tudo, era uma angústia que me tomava por completo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os dias, semanas, meses foram passando, e a confiança foi conquistada. A nossa, enquanto pais, e a dela. Naquele lugar vejo real paixão pelo que se faz, um carinho imenso pelos bebés, um cuidado que nos cativou desde logo. Profissionais que se complementam entre si, ora com umas pitadas de humor, ora com umas pepitas extra doces de miminhos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pareceu-nos, desde o início, que a Margarida estava bem entregue. Mais que o tempo, que tem vindo a confirmar o que suspeitávamos, a Margarida é a nossa maior prova do que de bom se faz naquela sala dos bebés. A Margarida entra na creche a sorrir e sai de lá eléctrica, numa alegria esfuziante, a rir-se de tudo e de nada. E recebe sempre um beijinho (ou dois, ou três) de despedida, onde vejo amor. Sim, amor. Não vejo apenas carinho e cuidado. Ali há amor. Não só pela Margarida - há amor pelos bebés. De tal forma que agora a angústia passou a ser o facto de, dentro de meses, ela ter de abandonar a sala dos bebés e seguir rumo à fase seguinte. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No início, encarava a creche como a maioria das pessoas - um mal necessário. Actualmente, vendo o bem que aquele lugar e o contacto com as profissionais e os outros bebés traz à vida da Margarida, é impossível não sentir que tomámos a melhor decisão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cinco meses depois, a Margarida é ainda mais feliz, em casa ou na creche. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpV-ZcQd4nsW0udm1ZccWEaG01TO3pFo6MR47wYh5G_4HwgPTWRwq2221rrYH1ZmTjmEsD25rxD-JdYA0SmNUQV1ohir64Xx17IgmBP4M9zHrVrD6FXycApAWqihtRcOFEeSuep8Qd_8OY/w577-h389-no/batizado+post.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpV-ZcQd4nsW0udm1ZccWEaG01TO3pFo6MR47wYh5G_4HwgPTWRwq2221rrYH1ZmTjmEsD25rxD-JdYA0SmNUQV1ohir64Xx17IgmBP4M9zHrVrD6FXycApAWqihtRcOFEeSuep8Qd_8OY/w577-h389-no/batizado+post.JPG" height="268" width="400" /></a>Ainda a Margarida não tinha nascido e nós já tínhamos decidido que ela seria batizada. E se este é um passo normal e perfeitamente expectável para a maioria das pessoas, para nós não o era.<br />
Na decisão pesou o facto de virmos ambos de famílias em que o batismo e outras celebrações religiosas sempre estiveram presentes, ainda que nós, pais, não nos enquadremos numa dita 'religião' - o que não significa que não acreditemos em nada, bem pelo contrário.<br />
Mas, em suma, decidimos que, sim, que a Margarida seria batizada, teria o seu dia, um dia em que todos celebraríamos a sua vida. E claro, que teria oficialmente um padrinho e uma madrinha, o que para nós era muito importante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Para ser sincera, à medida que fomos avançando com os preparativos, passei a encarar a celebração de uma forma diferente, com um simbolismo muito especial. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de tantos preparativos (e alguns stresses), o dia finalmente chegou e, caramba, não poderia ter sido mais bonito, mais especial. Uma cerimónia íntima e cheia de simbolismo, uma tarde passada com as pessoas que nos são mais queridas, e uma bebé que esteve incrivelmente bem disposta TODO o dia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De todas as coisas que me enchem o coração ao relembrar o domingo passado, o humor da Margarida, que andou o dia todo de colo em colo, a dançar e a fazer cu-cu, deixa-me de sorriso nos lábios. Nada do que preparámos para o dia teria o mesmo sabor se a Margarida estivesse desconfortável. Essa é, sem dúvida, a memória mais bonita que guardo desse dia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acabámos o domingo com uma bebé ainda a bater palminhas, na hora de dormir, tal era a excitação - ela sabia que o dia era seu e quis espremê-lo até à última! Acabámos, nós também, com a sensação de que valeu muito a pena, que soube mesmo muito bem reunir toda a gente para, juntos, celebrarmos a vida da nossa Margarida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada a todos os que se juntaram a nós e tornaram o dia 22 de Fevereiro ainda mais especial!</div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
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</div>
<div>
<br /></div>
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F-OoF8ETj22pY%2FVO8RoE0kONI%2FAAAAAAAAAjE%2FYZDVeaH_fwU%2Fw577-h389-no%2Fbatizado%252Bpost.JPG&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpV-ZcQd4nsW0udm1ZccWEaG01TO3pFo6MR47wYh5G_4HwgPTWRwq2221rrYH1ZmTjmEsD25rxD-JdYA0SmNUQV1ohir64Xx17IgmBP4M9zHrVrD6FXycApAWqihtRcOFEeSuep8Qd_8OY/w577-h389-no/batizado+post.JPG" -->Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-41923338297700790302015-02-10T06:26:00.002-08:002015-02-11T15:29:11.347-08:00Dez! <div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAc3aCfy5_P5H5E80M_ZyzMJhD6tLqKLh2OIUom4an_eKrwMp95JMBZB9mA8dSCQ4vA9NVKkDFmFZxBpLB6aijd3bYuAIPAOkZOROjYgG7PTwSflAM6x9Yef8xCfFS2zKqY8t8gbzIb34/s1600/3s.JPG" height="400" width="266" /></div>
Dez meses. Dez meses e três dias, para ser mais precisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na véspera de os completar, ouvi, pela primeira vez, a Margarida chamar "mamã", enquanto choramingava, de braços esticados para mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, sem que nos apercebessemos muito bem de como a coisa se deu, a Margarida deu um novo salto, desta vez, na linguagem. Literalmente de um dia para o outro, passou a pedir "papa" e a demonstrar que já entrou no esquema causa-efeito, que reconhece cada gesto que me vê repetir há meses - e a sensação de que ela me viu/ouviu, realmente, durante estes meses todos, que absorveu e assimilou, é para lá de espectacular. Agora, quando lhe digo que vou preparar a papa dela, já não sinto que estou a falar por falar. A Margarida percebe, arregala os olhos, repete alegremente "papa!" e faz o som de quem está a comer e a saborear. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesta coisa da maternidade, evito ânsias, projecções e desejos de relógios apressados. Percebi que o tempo voa mesmo e que, dentro de nada, terei saudades desta fase. Tal como já sinto saudades das que passaram. Sei que a única coisa que anseio de verdade é ouvir a Margarida. Quero ouvir o que ela tem para dizer, o que pensa, como o estrutura, o que quer. Pensar que, um dia, a Margarida nos dará esse acesso ao que se passa naquela cabecinha parece-me de tal forma fascinante, que é impossível não vibrar com tudo o que começa agora a acontecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ver a Margarida dizer "deita!" à pobre Lara (a cadela), com o dedo indicador esticado, é coisa para me fazer andar ali entre o rebolar no chão de tanto rir e o querer enchê-la de beijos até ela não aguentar mais e chorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gradualmente, a Margarida está a deixar de comunicar à sua forma e a ajustar-se à nossa comunicação. A mostrar que percebe, que esteve sempre atenta (aqueles olhos nunca enganaram!), que sabe o que quer e que vai fazer questão de nos deixar sempre sem quaisquer dúvidas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde que nasceu, sinto como se a Margarida crescesse dentro do meu peito, tanto quanto cresce fora dele, no seu próprio corpo. E ela cresce, em mim, de forma galopante. Cresce, espalha-se, contamina tudo de amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com um coração tão redondo, era impossível não rebolar no chão de tanto rir!<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-21368810987524991872015-02-05T04:16:00.000-08:002015-02-05T04:18:49.157-08:00Obrigada, senhores-das-escovas-de-dentes!<div style="text-align: justify;">
Não sei muito bem por que motivo, mas dei por mim a ler as instruções da escova de dentes que comprei para a Margarida, numa espécie de 'que é que isto poderá dizer? Para esfregar para a frente e para trás?!' A verdade é que li e, caramba, ainda bem que o fiz!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheebztvrTTEa7WfGICaCvxFUoYQdxD3RDhkIp5RJKXiWvUc7ew1CZI-RMKljie8RVZ6jQWtnOOs-u_irl_aHfYOVFW9Sy7PG-cq-p2NwOuC_5HvsCEP10aamH598t4Eh4gwW-xO5PNKMrt/s1600/image+(39).jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheebztvrTTEa7WfGICaCvxFUoYQdxD3RDhkIp5RJKXiWvUc7ew1CZI-RMKljie8RVZ6jQWtnOOs-u_irl_aHfYOVFW9Sy7PG-cq-p2NwOuC_5HvsCEP10aamH598t4Eh4gwW-xO5PNKMrt/s1600/image+(39).jpeg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isto da maternidade é assustador! Imaginem que o pai da Margarida, num belo dia, pegava na escova e começava a escovar os dentes à miúda?! Uma pessoa tem de andar sempre sobressaltada com estas coisas! Sempre a tentar antecipar todo e qualquer perigo! Eu, que achava que escovar os (dois) dentes da Margarida seria inofensivo, descubro, por sorte, que isso é tarefa 'das mães'. E é de tal forma uma tarefa nossa, que os senhores-das-escovas-de-dentes até pensam em tudo e fazem cabos mais compridos, para nos auxiliarem. Até me escapou uma lágrima! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já os pais, esses seres sem qualquer tipo de conhecimento ou técnica que os torne habilitados para escovar dentes de terceiros, convém mantê-los afastados das escovas de dentes, com cabos concebidos, exclusivamente, para facilitar a vida das mães!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pais, voltem lá para os vossos jogos de futebol e deixem a coisa com quem sabe, ok?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[Curiosamente, na parte em francês, pode ler-se "Le manche plus long permet une meilleure prise en main de la brosse par un adulte." Conclusão: em português, "adulto" não inclui o conceito de "pai".]<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtXix9_VFzyOleezjGyPGpyUpembFFGWRkyR6GtD4XLxU8q9NSjQQy28Su1jjzoqAEww1547pCHpefPX0HrHi2vgo52LBcaI1NVwsN1DrK_lqOXH7kb6_zd5o7A0J2Wwn4VRnH3wVPAhRH/s1600/8167ac31272ac05e96e41fe743378e59.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtXix9_VFzyOleezjGyPGpyUpembFFGWRkyR6GtD4XLxU8q9NSjQQy28Su1jjzoqAEww1547pCHpefPX0HrHi2vgo52LBcaI1NVwsN1DrK_lqOXH7kb6_zd5o7A0J2Wwn4VRnH3wVPAhRH/s1600/8167ac31272ac05e96e41fe743378e59.jpg" height="400" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
É ela. A Margarida? Não. A angústia da separação! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até há uns dois ou três meses, a Margarida foi uma bebé super sociável, sorridente e de bem com o mundo e todos os seus integrantes. E agora? Agora é isso e muito mais, mas apenas com uma pequena parte do mundo - o dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo antes de ser mãe, sabia da existência de uma fase assim, pela qual todos os bebés passam, de forma mais ou menos acentuada, mas passam! E passa. Portanto, quando a Margarida começou a 'estranhar' as pessoas menos próximas, isso não me trouxe qualquer tipo de angústia ou preocupação, antes pelo contrário! A chegada dessa fase significa que as emoções, os vínculos e a forma como a Margarida vê o mundo estão a mudar, de acordo com o que é saudável e importante para o seu desenvolvimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O problema é que 'o resto do mundo' passa a ser um conceito altamente abrangente, que não inclui apenas pessoas desconhecidas. Inclui também pessoas próximas, que ficam tristes. Família. No fundo, este conceito passa a referir-se a todas as pessoas que não fazem parte do dia-a-dia da Margarida. De todos os dias. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E agora, ter de explicar o beicinho e choro da Margarida, sempre que alguém tenta pegá-la ao colo (e especialmente se a levarem para onde o campo de visão não alcance o pai ou a mãe) passou a ser uma constante. Dou por mim a tentar justificar, a insistir que é normal, para não se preocuparem, que ela gosta na mesma das pessoas, que não, não deixou de ser bem disposta e sociável, que sim, passa! E, sobretudo, que ao forçarem a situação, estarão a contribuir para uma bebé ainda mais aflita e angustiada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O problema não são vocês. Mas o problema também não é a Margarida! Chama-se crescimento e eu garanto-vos que vai passar.<br />
<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/01710103153564062357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1609630339584352335.post-22050152399649650362015-01-26T05:51:00.001-08:002015-01-26T07:33:39.866-08:00As mães que eu não suporto II<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiueTmoxOQRwtU3cKkk2AZpYrRyE5lyQCb8AT1XTfboq_bGGKMtKoMjDnXrMOchhKhE5sWvzoJ7KigfdgOr3mLdRb7pa5skGHwftqDihcGdcGNOGvOad5pluGRn_i5TYRBDLWevMoz_EbK7/s1600/e8d893cff8804b254d051b4de9851193.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiueTmoxOQRwtU3cKkk2AZpYrRyE5lyQCb8AT1XTfboq_bGGKMtKoMjDnXrMOchhKhE5sWvzoJ7KigfdgOr3mLdRb7pa5skGHwftqDihcGdcGNOGvOad5pluGRn_i5TYRBDLWevMoz_EbK7/s1600/e8d893cff8804b254d051b4de9851193.jpg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Já <a href="http://ohhappydaisy.blogspot.pt/2014/10/as-maes-que-eu-nao-suporto.html">aqui</a> tive oportunidade de manifestar o meu <strike>asco</strike> desagrado face a muitas 'mãezinhas'.</div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, cada vez mais me convenço que a maioria das mães com que me cruzo não são apenas pequeninas enquanto mães. São seres humanos minúsculos, mesquinhos e pobrezinhos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a pobreza de espírito é tal, que essas criaturas não param de me surpreender, mesmo nas urgências pediátricas de um hospital. Mesmo, elas próprias, com filhos prostrados nos braços. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num dos episódios mais recentes, estava eu (também doente), com a Margarida nos braços, à espera (e à espera, e à espera...) de ser chamada. Mas a Margarida estava doente (por isso é que lá estávamos!), logo, para ela nada estava bem. Foi choro, contorcionismo, um sono que só a frustrava mais, muita tosse, muito calor. Muito, muito desconforto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu (já disse que também estava doente?) sentava-me, numa tentativa de aliviar um pouco as costas daqueles 10kgs de pessoa. Mas ela ficava possuída. Levantava-me com ela ao colo. Tinha de me sentar outra vez. Numa dessas vezes, já a sentir-me mal com o calor, tentei tirar o casaco. O meu. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Objectivo: Tirar o casaco</div>
<div style="text-align: justify;">
Obstáculos: Um bebé de 9 meses ao colo, doente, possuído e contorcionista</div>
<div style="text-align: justify;">
Desafio: Conseguir, com um único braço e uma única mão, despir a manga do casaco (que estava demasiado justo, tal era a quantidade de roupa que trazia por baixo - isto de sair a correr para as urgências não combina propriamente com grandes produções!)</div>
<div style="text-align: justify;">
Desafio 2: Não deixar cair o bebé contorcionista, no meio da operação. Com um só braço, porque o outro já estava preso - sim, fiquei com o outro braço entalado na manga do casaco. Não entrava nem saia. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pessoas à volta: Umas 50, no mínimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ajudas: 0! Z-E-R-O.</div>
<div style="text-align: justify;">
Desafio 3: Não insultar cada uma das 'mãezinhas' que ficou com cara de parva a assistir à cena, com um ar ora sádico, ora intrigado, de 'deixa cá ver como ela se vai safar desta'.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É isso mesmo que leram. Numa urgência pediátrica cheia de mães - esses seres tão afáveis e altruístas, que nasceram para cuidar dos outros -, com pessoas sentadas à minha frente, ao meu lado, atrás de mim, não houve uma única pessoa que oferecesse ajuda. Que esticasse a mão e puxasse a porra da manga do casaco.<br />
<br />
Não, não equacionei pedir ajuda. Respirei fundo, pousei a Margarida no chão (a rezar para ela colaborar), de pé, com as mãos apoiadas nas minhas pernas e segurei-a entre os meus joelhos. Libertei o braço, pousei o casaco, voltei a pegar na Margarida e, ao olhar para aquelas pessoas, vi, mais do que mães pequeninas, seres humanos medíocres. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seres humanos que, além de não saberem estender a mão (literalmente) a quem precisa, ainda olham para o borboto do pijama da criança do lado. Que, só por acaso, está numa urgência pediátrica. Tal como os filhos delas. Mas de sapatos, claro, que isso de ir de pantufas para as urgências seria uma pouca vergonha!<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">P.S.: Ao ler este post, o pai da Margarida perguntou "e o pai? estava no carro a comer bolachas?". Não, estava a comer um croissant. As regras permitem que apenas um adulto acompanhe o bebé/criança. Mas, pouco depois, o pai conseguiu dar a volta ao segurança e salvar a mãe! Yay!</span><br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAifDYHCzIqwUn2FoiXngV0i5F1mn6jjLGHqnwItcW3JYAoMtELcjgcefEUKLQYup1UIl-dCp_qr_quO82ChN2lPidLs5pSDXtlRV9HSRwTGiRvAQbLF2ZvsaK2VrEsREqWVTOiHquC2s9/s1600/1382552614bf72bcd8a16d9efaa69c00.jpg" height="396" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até aos sete meses, a Margarida nunca esteve doente. Ao completar dois meses, já dormia tranquilamente e sem interrupções 10, 11, 12 horas por noite (adormecê-la é que era mais complicado, mas isso é outra história), nunca a ouvimos tossir, nunca teve pingo no nariz ou febre. </div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Aos sete meses chegou uma otite. Duas semanas depois, uma laringite. Ouvimos a Margarida tossir todos os dias e, sobretudo, todas as noites, há precisamente dois meses e meio. Já perdemos a conta à quantidade de medicamentos que tomou, às idas a urgências, às nebulizações, às noites demasiado longas. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
E quando parece que não pode piorar, não é que a coisa piora mesmo?!</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao cenário anterior, adicionámos recentemente três novas aquisições: uma bronquiolite, uma gastroenterite e uma conjuntivite.</div>
</div>
<div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
[É escusado dizer que um bebé nunca fica doente sozinho, não é? Estamos os três doentes, de forma quase ininterrupta, desde que foi oficialmente aberta a época das 'ites.]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não foram poucas as noites em que olhámos um para o outro e questionámos "porquê mais isto?". É que, por muito que saibamos que febres e tosses são mecanismos importantes para o organismo dela, enquanto pais e não médicos da Margarida, vemos um bebé desesperado por dormir, sem estar sempre a acordar com ataques de tosse. Ou por comer, sem ter de vomitar tudo de seguida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, quando tudo acalma e a tosse dá algumas tréguas, conseguimos ver que, sim, existe um propósito que vai muito para lá dos processos que aquele pequeno corpo tem de levar a cabo, para se tornar mais forte, menos vulnerável. </div>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que ter um filho doente eleva o exercício da paciência ao máximo. Esse e o do amor. Ter um filho requer uma total disponibilidade e doses gigantescas de paciência. Ter um filho doente requer isso ao quadrado . </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta experiência faz-nos sentir, muitas vezes, ali no limiar do desespero, do cansaço, da frustração. Mas é quando tudo acalma que se faz sentir o quanto crescemos, nos fortalecemos e tornamos menos vulneráveis, os três, por cuidarmos uns dos outros.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O corpo da Margarida está a ganhar defesas e imunidades. E nós também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
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</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbaGVAlq9u7_SOgWIHKj_3j5JVPQz-usYPhJ3sPLSMIsDqC1dbDDpz_KfLlhomMtqY8HYZlAOczjnwbccsyGj5syUV8ALSjY78ZnivwMBvfvVQV9Z303-DO3yprReh_2H_yE7a0D02D7F/s1600/c5265308c16625e9a95a468c3a7ebf09.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbaGVAlq9u7_SOgWIHKj_3j5JVPQz-usYPhJ3sPLSMIsDqC1dbDDpz_KfLlhomMtqY8HYZlAOczjnwbccsyGj5syUV8ALSjY78ZnivwMBvfvVQV9Z303-DO3yprReh_2H_yE7a0D02D7F/s1600/c5265308c16625e9a95a468c3a7ebf09.jpg" height="400" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via Pinterest </td></tr>
</tbody></table>
Quem me conhece ou já leu uma ou outra divagação minha a respeito do antes e depois dos filhos, fica com a ideia que, para mim, há coisas que não têm forçosamente de mudar. E estão certos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As coisas que temos de alterar e ajustar, para nos tornarmos (bons) pais de alguém, são óbvias. Nem vale a pena dissertar muito mais sobre isso. Mas, nove meses após me ter estreado nestas andanças, continuo a acreditar no que acreditava antes - ser mãe não tem de me anular em nenhum outro papel que eu desempenhe. Pelo contrário. Só me adiciona. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ser mãe da Margarida transforma-me, afina-me, ensina-me todos os dias. De tal forma que só posso acreditar que isso fará de mim uma melhor pessoa. Pelo menos, uma mais focada no que e em quem realmente importa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tirando as rotinas que naturalmente tivemos de adoptar e que diariamente cumprimos, acreditei sempre que, com organização, tudo se conseguiria fazer. Acreditei que, apesar de ser mãe da Margarida e de ela ocupar grande parte do meu dia (e pensamento), conseguiria fazer outras coisas. Coisas que tenho de fazer, coisas que deixei em suspenso e coisas que desejo mesmo fazer. </div>
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Até ao dia em que decidi começar a dedicar-me a um novo projecto e, pouco depois, a Margarida adoeceu. E com um bebé doente, onde entra a organização? Não entra. De todo. Com um bebé doente em casa, o resto deixa de existir. Seja pela falta de disposição ou pelo cansaço. O estado de espírito oscila entre a preocupação e a frustração por ter de deixar isto e aquilo em suspenso. Precisamente no momento em que a cabeça andava a fervilhar com ideias!</div>
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Assim passámos os últimos dois meses. Ou temos vindo a passar, para ser mais concreta. Esta cadeia de acontecimentos menos agradáveis tem sido uma lição. Se há coisas que não têm de mudar com a maternidade, há outras que mudam inevitavelmente. Posso não me anular, mas passo, rapidamente, para segundo ou terceiro plano. E os meus planos passam para último. </div>
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Estou desejosa de poder voltar à rotina normal, com disponibilidade (a todos os níveis) para me entregar ao que deixei em suspenso. Ao que tanto me apaixona.<br />
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É que se eu sou melhor por ser mãe da Margarida, também acredito que sou melhor mãe da Margarida se puder ser tudo o resto.</div>
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Mas o que nunca poderá ficar em suspenso é o meu papel de mãe.<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHUYDqj_92blY4obW5NI6dkHbnyrZeXpRoEJ0IKoFdqzr-9St1XxurGuiZArK_Zaql93lbFLYsI5ga2XsFeNEIo3Wahq-EVuw-yw28JBHQQ7c4F7G7cKYNFK1fXBFmbWiUALi3qEL3SIh_/s1600/41d7f3ac173a933add97966addf92fbc.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHUYDqj_92blY4obW5NI6dkHbnyrZeXpRoEJ0IKoFdqzr-9St1XxurGuiZArK_Zaql93lbFLYsI5ga2XsFeNEIo3Wahq-EVuw-yw28JBHQQ7c4F7G7cKYNFK1fXBFmbWiUALi3qEL3SIh_/s1600/41d7f3ac173a933add97966addf92fbc.jpg" height="640" width="217" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Steve Hanks</td></tr>
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Para mim, este dia 7 tem um sabor especial, diferente daquele que terá para qualquer outra pessoa que faça parte da vida da Margarida. Não é apenas mais um mês de vida.</div>
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A Margarida completa hoje 9 meses. 9 meses de vida extra-uterina, uma vida que tem sido fonte de alegria para todos aqueles que a amam e se deliciam com cada nova descoberta, conquista ou gracinha. </div>
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Nove meses. O equivalente ao tempo que a tive só para mim, em mim. É impossível passar por este marco sem pensar nos nove meses de gestação e perceber que, agora, a Margarida está há mais tempo no mundo. </div>
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Mas se, para o mundo, a Margarida chegou há 9 meses, para mim, a Margarida está em mim há exactamente 18 meses, se somarmos o literal e o figurado. </div>
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À medida que vejo a Margarida crescer (e com ela o meu amor), mais sinto o privilégio que foi aquele pequeno ser ter-se formado em mim, através de mim, dos meus órgãos. Foram 9 meses de um coração a bombear para ela. Somam-se agora mais 9 de um coração que bate por ela. Ao todo, 18 meses de amor. Os primeiros. </div>
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Aos 9 meses, a Margarida continua a ser uma menina-furacão, eléctrica que só ela, sedenta por novidades, brincadeiras e movimento. De uma alegria inesgotável. </div>
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E, à medida que ela cresce, as palavras encolhem de forma proporcional. Tornam-se pequeninas perante o espectáculo a que assistimos dia após dia. Descrever a Margarida é uma tarefa quase impossível. Seria como tentar descrever o amor.</div>
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Hoje celebro (os primeiros) 18 meses da Margarida em mim. 9 na barriga, 9 no coração.<br />
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