sexta-feira, 1 de julho de 2016

Faz de conta

Imagem via Pinterest
Vou fazer de conta que a minha filha não é a mais bonita, a mais inteligente, a mais engraçada, especial e cativante das crianças que já pisaram este planeta. Vou então dizer que  não. Que a minha filha é, na verdade, só mais uma criança, em nada mais especial do que a do vizinho. Ou do que as vossas. 

Vou continuar a fazer de conta, vou abafar essa parte, sem qualquer hipótese de cair em ‘falsas modéstias’ – a minha filha é só mais uma filha. A minha filha é comum. Faz as gracinhas que todos fazem, adora os desenhos animados que todos adoram, está no mesmo ponto de desenvolvimento em que a maioria das crianças de 2 anos se encontra. Nem mais nem menos. Faz de conta. 

Assim sendo, e porque gosto muito deste blog (ainda que ele tenha passado para o finzinho de uma longa lista de prioridades), pensei e repensei o rumo que lhe havia de dar.

Não tenho necessidade de partilhar a minha vida, muito menos a da minha filha. Não sou daquelas mães que partilham as graças da filha no facebook ou com qualquer pessoa que lhes digam um ‘olá’. Não sinto essa necessidade. Sinto o oposto. Necessidade de guardar essas pequenas maravilhas para nós. 
Quando este blog nasceu, nunca foi minha intenção torná-lo altamente pessoal ou exclusivamente focado na Margarida – nunca aqui iriam ler um relato do parto ou cartas escritas à Margarida. Nunca gostei muito de me expor e no que à maternidade diz respeito, não seria diferente. Não censuro, gosto até de ler algumas coisas do género. Mas essa não sou eu.

Podia falar-vos de como a Margarida se portou lindamente, com as suas margarida brancas, no casamento dos pais? Podia, podia falar sobre isso e tantas, tantas coisas que não vos interessam para nada e que apenas alimentam curiosidades alheias. 

A minha filha é mesmo a mais bonita, inteligente, blá, blá, blá, mas eu sei que vocês vão continuar a achar que os vossos filhos, sobrinhos, afilhados, enteados, primos (ok, já perceberam a ideia) é que são. E eu fico feliz por isso. Todas as crianças são especiais e únicas para quem as ama. E é assim que deve ser. Mas eu não vou perder 20 minutos do meu tempo a escrever-vos sobre as façanhas (incríveis, juro!) da Margarida, porque ela, para quem lê, é só mais uma menina de 2 anos e pouco. E que bom que assim é! 

Sobre o que posso escrever? Sobre a minha caminhada como mãe, sobre como vejo este mundo da maternidade, sobre o que resulta connosco, sobre o que me ajuda e motiva a ser melhor. Posso falar-vos sobre aquilo que me parece útil e importante discutir. 

Faz de conta que eu não tenho a filha mais especial do mundo e que vocês já estão aí numa ansiedade sem fim, para ler tudo o que por aqui irá aparecer!


Oh Happy Daisy | Facebook

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