sábado, 7 de março de 2015

Onze!

Imagem via Pinterest
Nos últimos dias apoderou-se de mim uma espécie de nostalgia antecipada, um estado de incredulidade, como se fosse irreal esta coisa de ter uma filha com quase um ano. 

A chegada aos 11 meses deve ser aquela a que os pais menos atenção dão, aquela que menos celebram, porque, afinal, a mente já só vê ali o primeiro aniversário ao virar da esquina. Mas vamos lá com calma! 

Eu sinto, e muito, este marco dos 11 meses. Estou a saboreá-lo. A evitar saltar mentalmente já para os 12. Esta é a última vez que a Margarida completa apenas meses. E claro que isso é um facto que pouco importa. Mas para mim, que sou mãe dela e a respiro todos os dias, é impossível não sentir esse peso. Um peso que nada tem de pesado, quando olho e vejo que aquele pequeno bebé foi dando lugar a uma menina que nos enche de alegria e orgulho. 

Ver um filho crescer faz-nos lidar com uma dualidade que parece parva. Ficamos eufóricos com cada pequena conquista, cada novidade, cada palavra nova ou gracinha. Trabalhamos todos os dias para esse crescimento, estimulamos e aplaudimos. Sentimos orgulho. Felicidade pura. Para depois, num ou outro momento, sentirmos que perdemos alguma coisa, as saudades daquele sonzinho ao mamar, daquela expressão aos quatro meses que tanto nos fazia rir, ou de tantas, tantas outras coisas. 
Todos os dias a Margarida perde pedaços do bebé que foi, mas as novas conquistas chegam em dose dupla, tripla, eu sei lá! Tem sido uma avalanche de novidades, especialmente no que toca à comunicação. E o que a Margarida nos dá agora e aquilo que nos faz sentir é infinitamente maior do que quando fazia aquele sonzinho ou aquela expressão. É tudo mais.

Chegou a fase que eu tanto desejava, a Margarida comunica cada vez mais. Diz cada vez mais palavras e o vocabulário que já reconhece está constantemente a surpreender-me. Acho que andei a subestimá-la durante algum tempo, até ao dia em que percebi que ela reconhecia os nomes de diversas coisas, que eu sempre fiz questão de dizer, para ela ir interiorizando. Mas não é que a miúda assimila mesmo muito facilmente? 

À parte de todas as coisas imensamente deliciosas que ela faz/diz, que nos deixam com vontade de abraçá-la e nunca mais largar, a Margarida começa a mostrar realmente a sua personalidade, confirmando muitas das coisas de que já desconfiávamos. A Margarida é, acima de tudo, divertida! Adora rir, ri com gosto e gosta de nos ver rir também. Vibra com comida e fica passada se ela demora muito a chegar, ou se acaba rápido. É muitíssimo curiosa, o que anda ali de mãos dadas com a constante observação que ela faz de tudo. E claro, continua a mesma eléctrica de sempre, mas agora com outros meios, outra força, outro equilíbrio, que a tornam num perigo ambulante - mas daqueles amorosos. 

E assim, de coração cheio, chegámos aos 11 meses.

P.s.: Depois de ter escrito este post, a Margarida deu os seus primeiros dois passinhos! Yay!

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