E, assim de repente, chegamos aos 6 meses! Dei por mim a pensar que foram os 6 meses mais felizes da minha vida, mas só porque estamos em outubro, volvidos os primeiros meses, os dos maiores desafios.
O início não é feliz, não o foi para mim. Podemos sentir felicidade pelo que estamos a viver, com a perspectiva de um futuro próximo, mas acredito que os momentos em que conseguimos desfrutar de um filho recém nascido, são, em grande parte, aqueles em que o fazemos com uma nostalgia antecipada, que nos diz que todo aquele cenário se alterará, a cada dia, semana. É um encantamento instantâneo, mas tão novo e desconhecido, que impossibilita o respirar fundo que a felicidade nos traz.
Fui feliz com a Margarida, enquanto recém nascida, na ânsia do que viria. Agora, a ânsia já não existe. Deixei de ansiar que cresça, porque já é tão bom. Tão bom. Nos dias mais complicados, imaginava como seria fantástico começar a descobri-la. Queria muito saber quem é Margarida, se teria despertares difíceis e demorados como o pai, se gostaria mais de sopa ou papa, se seria sociável, como soaria a gargalhada, se seria calma, se o sorriso seria fácil.
Passaram apenas 6 meses e eu já consigo ver tanto desta pessoa pequenina. E o que vejo é tão forte e intenso, que facilmente a consigo imaginar com 2, 5, 15 anos! Posso estar redondamente enganada, pode o tempo e a vida fazerem-na tornar-se numa Margarida diferente daquela que vemos, mas eu acredito, cada dia mais, que sei bem quem é esta nossa flor de sorriso fácil e energia inesgotável.
Não foram os 6 meses mais felizes da minha vida. Foram os 6 meses mais completos, mais intensos, verdadeiros e mágicos que já vivi. Apenas os primeiros 6 meses de uma vida tão mais iluminada, de sorrisos puros, de uma alegria sem fim.
Felicidade é sempre muito relativa e isso não seria diferente quando estamos a falar de filhos.
ResponderEliminarFoi ontem e, ao mesmo tempo, parece que foi há um milhão de anos. Que venham outros muitos meses desse sorriso maior do que ela mesma.
Viva Margarida!