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Segundo um artigo da Visão, no ano passado foram registadas 4490 Marias, 1942 Matildes, 1867 Joões e 1841 Rodrigos. Seguem-se, na lista dos nomes mais populares, Martim, Leonor, Tomás, Francisco, Mariana, Salvador e Carolina.
A notícia fez-me remontar àquela fase da gravidez em que, desconhecendo ainda o sexo do bebé, se começa a pensar seriamente no assunto. No nosso caso, nunca outro nome de menina veio à baila. Nunca outro foi hipótese. Nunca tivemos de fazer listas, ir a votos, decidir.
Ainda assim, a hipótese de ser menino fez com que pudesse sentir na pele um bocadinho do drama que muitos casais sentem, no momento de escolher o nome de um filho. Sou difícil com nomes. Contam-se pelos dedos da mão aqueles que não me fazem torcer o nariz. Especialmente no caso de nomes masculinos!
Eu disse ao pai os que gostava. Ele disse-me os que gostava. Inicialmente, ficámos com duas opções, mas nenhuma delas me enchia as medidas. Ainda insatisfeitos, sentámo-nos frente ao computador e fomos percorrendo as listas de nomes. "Não", "Nem pensar", "Ahahahaha, NÃO!". Até que nos cruzámos com um que pareceu ter despoletado um qualquer click. "Olha, eu gosto!", "Eu também!", "Gosto mesmo!", "Está decidido!".
Acho que a ligeireza com que arrumei o assunto se deveu, em grande parte, ao facto de acreditar, cá bem no íntimo, que nada disso seria necessário, afinal, seria a Margarida. Felizmente, confirmou-se e o assunto ficou por ali mesmo.
Ainda antes do nascimento da Margarida, percebi que nunca teríamos levado aquele nome de menino adiante. A certa altura, comecei a ouvir o nome em todo o lado. Na maternidade, dividi o quarto com outra recém-mãe, mãe de um menino com o nome que o meu supostamente teria. Na creche da Margarida, um menino com o nome que o meu supostamente teria. Na lista dos nomes mais populares do último ano, o nome que o meu filho supostamente teria. E isso fez-me ver, mais uma vez, o que as desgraçadas das hormonas são capazes de fazer! Nunca, em tempo algum, eu escolheria um "nome da moda". Mas escolhi, mesmo que de forma pouco convincente.
Moral da história, se puderem, não escolham o nome do vosso bebé durante a gravidez. As hormonas vão minar-vos o cérebro e correm o risco de acabar com uma Leonor Matilde ou com um Rodrigo Tomás.
Esta coisa das modas é de sempre e para sempre. Lembro-me de, ainda na escola, na hora da chamada, haver sempre aqueles nomes que se repetiam. De estranhar seria se, daqui por uns anos, a Margarida convidasse para as festas de aniversário a Cátia, a Marisa, o Sérgio, a Susana e o Jorge.
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