Eram as palavras que, há precisamente um ano atrás, desejávamos ouvir. Desde que me soube a gerar um filho, nunca tive qualquer pudor em afirmar que sim, tinha preferência. Que não, não tinha rigorosamente nada a ver com querer encher as nossas vidas de vestidinhos cor-de-rosa e totós de todas as cores. Era tão mais que isso. Era a Margarida que eu desejava. Ela sempre teve nome. Se fosse menina, seria "a" Margarida.
Há um ano atrás, foram precisamente essas as palavras que ouvimos. E nada há-de apagar da memória aquelas lágrimas que gritavam felicidade, aquelas mãos que se apertaram com tamanha força, aqueles sorrisos em rostos molhados que diziam tudo.
Há um ano atrás, vi-lhe o sorriso mais feliz de sempre. E, naquela tarde, tive a certeza que, afinal, também ele tinha a sua preferência. A nossa Margarida.
Esse momento fez-me acreditar que ele tinha acabado de ganhar uma menina do papá e que ela, a nossa Margarida, tinha ali conquistado um companheiro para a vida.
A Margarida anunciou-se no verdadeiro Dia do Pai. Um Pai com letra maiúscula, como ele gosta de escrever.
O dia 1 de Novembro marca o nascimento do pai da Margarida. O dia 1 de Novembro de 2013 passou a marcar, para sempre, o nascimento dos pais da Margarida.
Sem comentários:
Enviar um comentário